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Associação entre Espessura do Músculo Adutor do Polegar com Risco Nutricional, Medidas Antropométricas e Força de Preensão Palmar em Pacientes Hospitalizados por Insuficiência Cardíaca

Ban, JK, Santos, CCS, Chacon, SL, Oliveira, L, Teixeira, BD, Souza, JG, Silva, OAJ, Guizilini, S, Moreira, RSL
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma condição clínica responsável por cerca de 21% das mortes relacionadas as doenças cardiovasculares.  Tendo em vista a influência do estado nutricional no prognóstico da doença, métodos de avaliação nutricional são fundamentais na adequação das terapias nutricionais nessa população. Considerando as limitações encontradas na prática clínica, este estudo procurou verificar a associação da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) com risco nutricional avaliado pelo instrumento Nutrition Risk Score 2002 (NRS 2002), com medidas antropométricas e força de preensão palmar (FPP), como nova proposta de avaliação nutricional.

Metodologia: Trata-se  de um estudo longitudinal, com indivíduos admitidos por descompensação da IC, nas unidades de internação de cardiologia clínica e cirúrgica de  hospital universitário do município de São Paulo. Realizado triagem de risco nutricional pela NRS 2002; avaliação do estado nutricional através das medidas antropométricas clássicas, EMAP da mão dominante, teste de FPP, e cálculos da circunferência muscular do braço e do Índice de massa corporal (IMC). Para a análise estatística, foram utilizadas média, mediana e porcentagens para descrição das variáveis. Também foram aplicados o Testes de Correlação de Pearson e o Teste T Student para investigar as correlações.

Resultados: Amostra com 39 pacientes, idade média de 63 ± 12 anos, sendo 61,5% idosos.  A média da EMAP da mão dominante foi 11,4 ± 4,2 mm, enquanto que os valores de FPP foram de 20,8 Kg na mão direita e de 19,8 Kg na mão esquerda, que tiveram correlação positiva significante (p < 0,05) para as mãos direita e esquerda (R = 0,610; p = 0,000) e (R = 0,619; p = 0,000) respectivamente. Não houve significância estatística (p > 0,05) entre a EMAP e demais medidas antropométricas. Houve  diferença significativa (p < 0,05) entre as médias das EMAPs dos grupos com e sem risco nutricional pela NRS 2002.

Conclusões: Encontrou-se correlações positivas entre a EMAP e FPP, indicando que são potenciais parâmetros a serem utilizados na avaliação nutricional do paciente com IC, com sensibilidade na detecção de alterações de composição corporal e nas mudanças funcionais decorrentes da desnutrição. Em relação a diferença das EMAPs dos grupos com risco e sem risco nutricional, indica diferentes estados nutricionais entre os dois grupos e a capacidade do instrumento de triagem em diferenciá-los. Assim, este trabalho sugere que a EMAP pode vir a ser um instrumento adicional da avaliação nutricional do paciente com IC hospitalizado.

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