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Comparação entre as percepções de pacientes com síndrome coronariana aguda quanto aos banhos precoces no leito e no chuveiro

Juselmar da Silva Rocha, Natacha Andressa Marques da Silva, Rita Simone Lopes Moreira , Solange Guizilini, Vinicius Batista Santos, Camila Takáo Lopes
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Comparação entre as percepções de pacientes com síndrome coronariana aguda quanto aos banhos precoces no leito e no chuveiro

 

Introdução: As atuais recomendações de alta precoce - entre 48 e 72 horas - da unidade de terapia intensiva para pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) demandam que cuidados de enfermagem tradicionalmente realizados tardiamente sejam revisitados. Assim, é relevante que se conheçam aspectos relacionados ao banho no leito e banho no chuveiro realizados precocemente. O objetivo deste estudo foi comparar a percepção dos pacientes com SCA quanto aos banhos precoces no leito e no chuveiro. Métodos: Estudo analítico transversal, realizado na unidade coronariana de um hospital universitário de São Paulo-SP, de agosto/2019 a fevereiro/2020. Incluíram-se pacientes admitidos por SCA submetidos a banho no leito 12 horas após a reperfusão coronariana e/ou estabilização clínica e posteriormente ao banho no chuveiro 24 horas após a reperfusão coronariana e/ou estabilização. A percepção do paciente foi avaliada em até duas horas após o banho por meio da Escala de Diferencial Semântico para Avaliação da Percepção de Pacientes Hospitalizados Frente ao Banho. A escala foi criada e validada no Brasil. É composta de 18 pares de adjetivos avaliados em uma escala que varia de 1 a 7 pontos, em cujas extremidades existem adjetivos opostos uns aos outros (p.ex., “alegre” e “triste”). A diferença entre as percepções dos pacientes em relação a cada tipo de banho foi verificada pelo Teste de Postos Sinalizados de Wilcoxon, com p<0,05 considerado significativo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (Parecer nº 3.525.652). Resultados: Incluíram-se 31 pacientes, 21 (67,7%) do sexo masculino, com idade média de 57,10±9,14 anos, 23 (74,2%) admitidos por infarto agudo do miocárdio (IAM) por supradesnivelamento do segmento ST (SST), seis (19,6%) por IAM sem SST e dois (6,5%) por angina instável. A percepção sobre o banho no leito, com escore mediano 4 (mínimo: 1, Q25: 1, Q75: 6,5, máximo: 6,5) foi significativamente mais constrangedora do que a percepção sobre o banho no chuveiro (escore mediano 1, mínimo: 1, Q25: 1, Q75: 1,5, máximo: 7) (p=0,013). Demais percepções não foram significativamente diferentes entre os grupos. Conclusão: O banho no leito foi considerado significativamente mais constrangedor do que o banho no chuveiro por pacientes com SCA. Estratégias que visem a reduzir as causas dessa situação devem ser empregadas. Estudos adicionais em relação ao banho, com tamanhos amostrais maiores, devem ser realizados.

 

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