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Bolsa septal atrial causando embolia distal: Relato de Caso

Andressa Braga Barros, Gabriela Assis Rangel de Abreu, Caroline Henriques de Mattos, Thales Cardoso Whately, Lourenço Raposo Torraca, Camila Donaire, Bráulio José Barcelos, Aline Cavalcanti
Hospital Universitário Pedro Ernesto - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

INTRODUÇÃO A bolsa septal decorre de defeito na fusão entre o septo primum com o septum secundum, originando uma bolsa cega que se comunica exclusivamente com um dos átrios. É uma área de estase sanguínea, com possibilidade de geração de trombos aos portadores desta anomalia, sendo a trombose local, o principal mecanismo fisiopatológico causador da embolia. RELATO DE CASO. Homem, 60 anos, diagnosticado com oclusão arterial aguda de membro superior direito, tendo sido realizado embolectomia arterial com cateter de Fogarty na altura da artéria braquial com reperfusão do membro. É anticoagulado e encaminhado ao Serviço de Cardiologia para investigação. Realizada ultrassonografia doppler de carótidas e vertebrais sem obstrução ou estenose. Holter sem arritmia. Doppler de membro superior direito com trombose do terço distal da artéria ulnar com fluxo. Angiotomografia de artéria subclávia direita e do membro superior direito com artéria subclávia direita originando-se da borda posterior da croça, seguindo trajeto anômalo retroesofágico e de calibre normal. Artéria ulnar de fino calibre, com tênue opacificação irregular no seu terço distal, correspondendo a suboclusão/oclusão. Ecocardiograma: Função cardíaca preservada. Observa-se estrutura sacular em átrio esquerdo (AE) em fundo cego, medindo 0,3cm de profundidade, 0,3cm de extensão e 1,1cm de comprimento, formado pela junção do septo primum com o septo secundum, sem trombos no seu interior (bolsa septal).  Ausência de forame oval patente ou comunicação interatrial. Ausência de trombos em apêndice atrial esquerdo e demais cavidades. CONCLUSÃO A presença de uma bolsa de AE ​​com acesso à circulação sistêmica também aumenta a possibilidade de que, semelhante ao apêndice de AE, durante estados de baixo fluxo, essa bolsa possa servir como um local para a formação de trombo e embolização.O ecocardiograma transesofágico é o melhor método para a detecção e diagnóstico da anomalia. Tratamento com anticoagulação ou fechamento cirúrgico através de cateter são as opções, porém não há relato de resolução cirúrgica na literatura. O caso descreve um o potencial tromboembólico da bolsa septal como causa de embolia distal para o membros superior direito e a anomalia do trajeto da artéria subclávia pode ter protegido o paciente de uma embolia encefálica. Por se tratar de achado raro, não há consenso na literatura em relação ao melhor tratamento a ser instituído. Neste caso foi optado por anticoagulação com antagonista da vitamina K. 

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