Introdução:As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Dentre tais problemas de saúde está a fibrilação atrial (FA), sendo associada à alta mortalidade e morbidade.Os três pilares para o tratamento de FA, incluem anticoagulação, o controle do ritmo, e o controle da Relação Normatizada Internacional (RNI). A eficácia do tratamento com antagonistas da vitamina K está diretamente relacionada ao Tempo de Intervalo Terapêutico (TTR). O objetivo do presente estudo foi avaliar a estabilidade do RNI em pacientes com diagnóstico de FA, com relação aos sexos de acordo com o TTR, que são atendidos em um ambulatório de anticoagulação na cidade de São Paulo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de natureza observacional, longitudinal do tipo coorte retrospectiva, com abordagem quantitativa e de caráter descritivo. Foram coletados os dados de 380 indivíduos, dos quais 146 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. A pesquisa foi desenvolvida em um ambulatório de anticoagulação, localizado na cidade de São Paulo – SP. Para coleta de dados foi utilizado um formulário, preenchido com as informações conseguidas no prontuário eletrônico, no período de setembro à novembro de 2019. Para a verificação do TTR foram utilizados os resultados dos últimos 6 RNIs. Análise: As informações foram analisadas por meio do software SPSS Statistics. Sendo os indivíduos organizados em dois grupos. Resultados: Sobre as características sociodemográficas, no total de pacientes, observou-se certa homogeneidade, com relação aos sexos, a idade, a raça e a escolaridade, por não apresentarem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Quanto à caracterização dos grupos em relação ao tipo de FA, foi demonstrado que a maioria dos pacientes acompanhados apresentam FA Paroxística n=64, seguida de FA Permanente n=50. Com relação a sua pontuação nas escalas de CHA2DS2-VASc e HAS-BLED, a mediana obtida no primeiro, foi 3, enquanto que a obtida no segundo, foi 2. Assim como na escala de Morisky, que teve mediana 4. Quando comparados os sexos com relação ao valor do TTR, os resultados obtidos, demonstram que não houve diferença estatística significativa entre os sexos. Conclusão: Concluímos que o grupo de mulheres e o grupo de homens apresentam TTR muito semelhantes, sem diferenças estatísticas significativas, o que indica que não há grandes diferenças de tempo de permanência na faixa terapêutica entre os sexos.
