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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Registro multicêntrico nacional de pacientes com dissecção aguda de aorta (dados do registro ROAD)

Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Alexandre de Matos Soeiro, Renato Delascio Lopes, Omar Asdrúbal Vilca Mejía, Hadrien Felipe Meira Balzan, Rodrigo Balada, Lucas Macedo, Maria Cristina Cezar, Valter Furlan, Mucio Tavares de Oliveira Junior
HOSPITAL SAMARITANO PAULISTA - São Paulo - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Dissecção aguda de aorta representa a condição clínica de maior mortalidade dentre os principais diagnósticos diferenciais em um protocolo de dor torácica. Dados nacionais sobre essa condição são limitados.

Objetivo: Avaliar os aspectos clínicos e a evolução clinica de pacientes internados por quadro de dissecção aguda de aorta tipo A em hospitais brasileiros.

Métodos: Estudo de coorte (registro ROAD) em que foram analisados os pacientes com diagnóstico de dissecção aguda de aorta internados em centros de referência para cirurgia cardiovascular. Foram avaliadas características basais e de evolução intra-hospitalar nessa população.

Resultados: Um total de 134 pacientes com diagnóstico de dissecção aguda de aorta tipo A foram incluídos no registro ROAD. Sobre as características basais, a idade média foi de 58,8 anos (+- 13,2), 59% eram do sexo masculino, 69,4% tinham antecedente de hipertensão arterial sistêmica, 29,9% de tabagismo, 14,9% de dislipidemia, 14,2% de diabetes mellitus, 13,4% de doença aórtica prévia e 3,7% de Marfan. O sintoma mais comum foi dor torácica em região anterior do tórax (64,2%) seguido de dor torácica posterior (38,8%) de forma isolada ou concomitante. Em relação aos sinais ao exame físico, sopro esteve presente em 28,4%, assimetria de pulsos/pressão 20,9% e déficit neurológico em 14,2%. Foi possível identificar elevação de ST em 3% dos casos e alargamento de mediastino ao RX em 62,7%. Ao ecocardiograma identificou-se insuficiência aórtica em 42,5% dos casos, derrame pericárdico em 19,4% e tamponamento em 8,2%. O medicamento mais utilizado foi o nitroprussiato de sódio (47,8%), entretanto, 23,1% dos casos analisados apresentaram hipotensão com necessidade do uso de noradrenalina. Tratamento endovascular foi realizado em apenas 2 pacientes (1,5%) e 70,2% foram submetidos a tratamento cirúrgico convencional. A mortalidade geral foi de 39,6% sendo cerca de 40% das mortes nas primeiras 24h de evolução.     

Conclusão: A diversidade na forma de apresentação clínica e a alta mortalidade dessa doença tempo-sensível que foram identificadas neste registro nacional (ROAD) implicam na necessidade da formação de sistemas de atendimento integrados que permitam maior agilidade no diagnóstico e tratamento da dissecção de aorta no Brasil.

 

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