SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

EFEITO DA REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR SUPERVISIONADA NO PROGNÓSTICO DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AVALIADO POR MEIO DE UM ESCORE DE VARIÁVEIS DO TESTE CARDIOPULMONAR

Batista, R , Bertini, CQ, Dias, BP, Gadiolli, LP, Marques, F, Crescêncio, JC, Schmidt, A, Gallo Junior, L
Hospital das Clínicas - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil

A Insuficiência Cardíaca (IC) é o estágio final das cardiopatias, causando redução da capacidade funcional e qualidade de vida com altas taxas de morbimortalidade. A reabilitação cardiovascular (RCV) tem efeito comprovado na melhora da qualidade de vida destes pacientes porém seu efeito no prognóstico ainda é controverso. O teste cardiopulmonar (TCP) é usado para avaliação funcional na IC e é capaz de proporcionar múltiplas variáveis que podem orientar quanto ao prognóstico. Jonathan Myers e colaboradores em 2008. desenvolveram um escore usando uma somatória de variáveis do TCP, com pesos distintos, que pode melhorar a utilidade prognóstica do TCP. O escore é obtido atribuindo pontuações para variáveis do TCP: VE/VCO2 slope≥34=7 pontos, frequência cardíaca de recuperação≤6 bpm no 1 minuto=5 pontos; OUES<1,4=3 pontos; PETCO2 em repouso<33mmHg=3 pontos e VO2 pico≤14ml/Kg.min=2 pontos. Uma pontuação total>15 foi associada a uma taxa de mortalidade anual de 12% enquanto numa pontuação<5, taxa de 1%. Objetivo: Avaliar o efeito da RCV supervisionada no escore de variáveis do TCP em pacientes com IC. Método: Estudo retrospectivo com análise das variáveis do TCP de pacientes com IC e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) reduzida, submetidos a um programa de RCV de 3 a 12 meses clinicamente estáveis. Para estatística foi usado o teste t pareado pré e pós RCV com dados em média±desvio padrão. Resultados: Avaliados 7 pacientes, 4 homens, idade 55±7 anos e FEVE=30±9%. 57% dos pacientes tinham miocardiopatia isquêmica e 43% dilatada. O VO2 pico pré RCV, foi de 13,9±3,5ml/Kg.min. Dois pacientes apresentavam escore na zona de alto risco, 2 intermediário e 3 com baixo risco. Após a RCV o VO2 pico foi 15,9±3,4ml/Kg.min, indicando uma discreta melhora da capacidade funcional sem significância estatística. O escore de variáveis do TCP mostrou que nenhum paciente encontrava-se mais na zona de alto risco, com três pacientes na zona intermediária e quatro de baixo risco. Os resultados indicam que após a RCV, pode haver uma diminuição do escore refletindo no prognóstico, além de uma possível melhora da capacidade funcional dessa amostra de pacientes e segurança do programa, pois não houve nenhuma intercorrência durante a RCV. Conclusão: A RCV supervisionada em pacientes com IC foi capaz de diminuir o escore de variáveis do TCP proposto por Myers e colaboradores, indicando ser uma ferramenta útil para análise prognóstica.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo