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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Associação da atividade simpática cardíaca e remodelamento miocárdico em pacientes com Insuficiência Cardíaca.

Luis Miguel da Silva, Layde Rosane Paim, Camila Toledo, Vinicius Citelli Ribeiro, Gabriel da Silva Ferreira, Gustavo Henrique Martins, Thiago Ferreira de Souza, Ligia Antunes-Correa, Wilson Nadruz Junior, Otávio Rizzi Coelho-Filho
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO:

Apesar dos recentes avanços, a insuficiência cardíaca com FE preservada (ICFEp) permanece sem tratamento específico com taxas de eventos semelhantes às da ICFE reduzida (ICFEr). O melhor entendimento da fisiopatologia da ICFEp pode ser útil para desvendar novos alvos terapêuticos.

OBJETIVO: Investigar a atividade simpática cardíaca pela cintilografia com MIBG em pacientes com IC, comparando com o remodelamento miocárdico na  ICFEr e ICFEp.

METÓDOS: Pacientes com IC sintomáticos (CFII/III) com terapia otimizada, foram submetidos a cintilografia com MIBG, ressonância magnética cardíaca (RMC) com mapa de T1, ecocardiograma e dosagem de biomarcadores.

RESULTADOS: 67 indivíduos com IC, 31 com ICFEp (62±12anos, XX% mulheres, FEVE:62±10%) e 26 com ICFEr (53±13anos, XX% mulheres, FEVE:26±9%), além de 10 controles saudáveis (n=10, XX% mulheres, 45±9anos), foram avaliados. Nos pacientes com IC, a Relação Coração/Mediastino (RelCM) do MIBG foi menor (1,5±0,19 vs. 1,86±0,14, p<0,001) e a Taxa de Clareamento (TC) foi maior (32±35 vs. 23±12, p<0,02) do que nos controles. O volume extracelular, um marcador da fibrose intersticial pela RMC, foi significativamente maior no grupo IC (0,32±0,05 vs. controles:0,27±0,05; p=-.XX). A RelCM esteve inversamente associada com o tamanho do átrio esquerdo (r=-0,39, p=0,003), GLS (r=0,56, p=<0,001), NT-pro-BNP (r=-0,47, p<0,001) e também com o ECV (r=-0,59, p<0,001).  Tanto a RelCM como a TC foram mais pronunciadamente alteradas no grupo ICFEr, mas mantiveram valores alterados em relação aos controles no grupo ICFEp (Tabela 1).

Em analise exploratória subfenotipamos o grupo ICFEp nos subgrupos com fenótipo-presente (n=15, ICFEpFpresente+), com HVE, aumento do AE e/ou aumento do NT-pro-BNP, e sem fenótipo-presente (n=16, ICFEpFpresente-). Tanto a RCM (ICFEpFpresente-:1,77±0,31, ICFEpFpresente+:1,57±0,18, ICFEr: 1,38±0,16 e Controles: 1,86±0,14, p<0,05), como a TC (ICFEpFpresente-:23±21, ICFEpFpresente+:32±17, ICFEr: 34±15 e Controles: 23±12, p<0,05) foram marcadamente mais alteradas no grupo ICFEpFpresente+.

CONCLUSÃO: A atividade simpática cardíaca avaliada pelo MIBG foi anormal em pacientes com IC em comparação aos controles, sendo também alterada nos pacientes com ICFEp. Enquanto a RelCM pelo MIBG se associou ao remodelamento miocárdico em todos os pacientes com IC, análises exploratórias no grupo ICFEp sugerem que quanto mais proeminente o remodelamento neste grupo, maior a semelhança de alteração simpática com o grupo ICFEr.

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