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RELAÇÃO ENTRE PARÂMETROS DE REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR E A INDUTIBILIDADE DE ARRITMIAS VENTRICULARES DURANTE ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO EM PORTADORES DE DOENÇA CORONÁRIA COM E SEM EVENTO AGUDO PRÉVIO

Carvalho, G. D., Armaganijan, L. V., Moreira, D. A. R, Galvão, B. M. A., Pessoa, C. C., Erbano, B. O., Olandoski, M., Luz, R. S. B.
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução A morte súbita cardíaca (MSC) corresponde a 5% dos óbitos na população geral e sua predição representa um desafio na prática clínica. Até 80% dos casos de MSC ocorrem em portadores de doença isquêmica. Na atualidade, o parâmetro utilizado com este propósito é a fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE), a qual possui sensibilidade limitada, já que a maioria dos casos de MSC ocorre em pacientes sem disfunção significativa. Nas últimas décadas, parâmetros de repolarização ventricular se mostraram ferramentas úteis na estratificação do risco de morte em diversas patologias, entretanto as evidências sobre suas capacidades preditivas são controversas na literatura.

Objetivo e métodos Estudo transversal, que incluiu 177 portadores de doença arterial coronária e foram submetidos a estudo eletrofisiológico (EEF) em um hospital terciário entre 2013 e 2017, e teve por objetivo avaliar a associação entre parâmetros eletrocardiográficos de repolarização ventricular e induçãode arritmias ventriculares malignas (AVM) durante estimulação elétrica programada nos grupos com e sem evento coronário prévio.

Resultados A amostra em estudo apresentou idade média de 65 anos, predomínio de indivíduos do gênero masculino (83,6%) e FEVE média de 37,5%. Em relação a eventos clínicos prévios, 76,8% dos pacientes já apresentaram síndrome coronária e 16,9%, MSC abortada. AVM foram induzidas em 75 indivíduos (42,4%) durante o procedimento. Análise multivariada demonstrou que o intervalo QT medido associou-se a este desfecho (p=0,013). Em contrapartida, os intervalos QT corrigido e T pico-fim, suas dispersões e a relação QT/T pico-fim não apresentaram tal relação. Ajuste da curva ROC evidenciou que um QT > 432 ms possui acurácia de 0,628 (p=0,009) para predizer indução de AVM durante EEF em portadores de síndrome coronária prévia. No que tange aos pacientes que não apresentaram evento anteriormente, nenhum dos parâmetros avaliados demonstrou associação com o desfecho.

Conclusão O intervalo QT medido relaciona-se à indução de AVM durante EEF em pacientes portadores de doença arterial coronária com evento agudo prévio, e valores acima 432 ms demonstraram moderada capacidade preditiva para este desfecho.

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