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Trombose recidivante de stent coronário em paciente jovem com manifestação atípica da Síndrome Coronariana Aguda

Francielly dos Santos Vieira, Marina Vitória Silva Costa, Nathalia Abdo Zuliani, Jéssica Evangelista de Queiroz, Leonardo Teixeira de Melo, João Lucas O‘Connell, Gabriela Marinho Aquino, Marcos Vinicius Rodrigues Silva, Marcela Gomes de Souza, Fernando Cesar de Sousa Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - - MG - BRASIL

INTRODUÇÃO: A trombose de stent (TS) refere-se à oclusão ou suboclusão coronariana, com presença de trombo no interior de um stent previamente implantado (ou no segmento que envolve os 5 mm proximais ou distais), associado a pelo menos um dos seguintes critérios clínicos: sintomas isquêmicos agudos em repouso, novas alterações isquêmicas no eletrocardiograma (ECG), elevação típica dos marcadores de necrose miocárdica e documentação angiográfica da presença de trombo coronariano. Pode também ser definida por autópsia durante trombectomia. RELATO DO CASO: Paciente homem, 29 anos, hipertenso, tabagista, usuário de drogas ilícitas, com história familiar de coronariopatia, foi internado devido dor precordial típica com irradiação para membro superior esquerdo, região cervical e dorso. ECG sugestivo de repolarização precoce, curva enzimática positiva. Inicialmente, conduzido como provável pericardite. Feito ressonância miocárdica, não sendo possível excluir lesão coronariana. Feito então cateterismo (CATE) e evidenciado longa placa ulcerada com imagens de trombo no interior com estenose maior de 90 % em artéria descendente anterior (ADA). Feito diagnóstico retrospectivo então de síndrome coronariana aguda com supra ST parede anterior. Realizado angioplastia de ADA com stent farmacológico. Após 5 horas, houve recorrência de dor precordial forte e piora do supra ST no ECG, sendo iniciado tirofiban e encaminhado para novo CATE de urgência. Visto oclusão aguda de ADA por trombose intra-stent.  Feito angioplastia coronária com recanalização por balão, com fluxo lentificado após, mantendo estenose residual intra-stent (imagem de trombo no stent). Após 3 dias, paciente apresentou novo evento coronariano com curva enzimática positiva, não tendo sido repetido coronariografia. Recebeu alta em uso de dupla antiagreagação plaquetária e anticoagulação com apixabana por 3 meses (por trombo apical visto em ecocardiograma intra-hospitalar). CONCLUSÃO: A TS é um evento coronariano associado a altas taxas de mortalidade hospitalar e morbidade tardia. Logo, a revascularização de emergência por meio da intervenção coronária percutânea (ICP) é o tratamento de escolha. Entretanto, a ocorrência de reinfarto por nova trombose pode ocorrer. Estratégias terapêuticas mais agressivas precisam ser discutidas e prontamente iniciadas para a prevenção de novos eventos intra e extra-hospitalares. A necessidade do uso de anticoagulantes orais dificulta ainda mais o manejo farmacológico nestes casos, não havendo consenso na literatura atual sobre o melhor tratamento a ser proposto.  

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