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Curva de aprendizado no implante de dispositivos de assistência ventricular de longa permanência: 7 anos de experiência em centro cardiológico brasileiro

Quintanilha NR, Biselli B, Rangel BSS, Grinberg MSA, Rizk SI, Hames R, Pego-Fernandes PM, Hajjar LA, Kalil-Filho R, Ayub-Ferreira SM
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

Fundamento: Os dispositivos de assistência ventricular implantáveis (DAVi) de longa permanência constituem uma importante estratégia de tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) avançada. Até o momento, poucos dados na literatura analisam a experiência brasileira no implante desses dispositivos. A curva de aprendizado é de extrema importância no resultado dessa estratégia, sendo um dos critérios avaliados pelo HeartMateII Risk Score. Objetivo: Comparar a mortalidade e hospitalização de acordo com a curva de aprendizado de implante de DAVi em um centro cardiológico. Pacientes e métodos: Dados de prontuário foram analisados retrospectivamente e os pacientes foram divididos em 2 grupos de forma cronológica, sendo o  grupo 1 composto pelo primeiros 11 implantes e o grupo 2 pelos últimos 12 implantes de DAVi. Foram comparados dados clínicos e demográficos, tipo de dispositivo implantado e variáveis clínicas e cirúrgicas entre os dois grupos. Mortalidade e hospitalização foram calculadas por Kaplan-Meier (figura 1). Resultados: Foram implantados 23 DAVi em um centro cardiológico durante 7 anos. Os primeiros implantes (grupo 1) ocorreram no período de fevereiro de 2013 a setembro de 2017, e os últimos 12 implantes (grupo 2) de novembro de 2017 a outubro de 2019. No grupo 1 foram implantados 11 DAVi de fluxo axial enquanto que no grupo 2 foram implantados 5 DAVi de fluxo axial e 7 DAVi centrífugos (p=0,005). Não houve diferença significativamente estatística na comparação entre os grupos em relação idade, etiologia e fração de ejeção do ventrículo esquerdo. O grupo 1 foi constituído de 36% de pacientes em INTERMACS 1 e 2, enquanto o grupo 2 de 16% (p=0,37). O HeartMateII Risk Score médio foi 2,6 e 1,66 (p=0,07) respectivamente. O tempo de circulação extra corpórea foi de 145 minutos no grupo 1 e 102 minutos no grupo 2 (p=0,012). A taxa de re-operação foi de 45% no primeiro grupo e 8% no segundo grupo (p=0,06). A sobrevida em 1 ano foi de 64% no grupo 1 e de 100% no grupo 2 (p=0,02), sendo que a mediana de tempo de dispositivo nos grupos foi de 481 e 372 dias respectivamente. Conclusão: Ao longo de 7 anos de experiência de implante de DAVi, pudemos demonstrar que a melhor seleção dos casos, a mudança do tipo de dispositivo e resultados cirúrgicos favoráveis foram fatores determinantes para o sucesso da terapia, com impacto substancial na melhora de sobrevida desses pacientes.

Figura 1

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41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo