Introdução: O teste de degrau (TD) é um método prático e de fácil realização para se estimar a capacidade funcional. O TD pode ser realizado com protocolos de 2 ou 6 minutos. Objetivo: Correlacionar a força muscular periférica e ventilatória com o desempenho de indivíduos saudáveis no teste de degrau. Método: Trata-se de um estudo experimental, transversal e prospectivo, realizado com 18 indivíduos de ambos os sexos (6 homens e 12 mulheres), com idade média de 22,50±4,98 anos; estatura média de 1,63 m ±0,05 e massa corporal média de 78,30 kg ±10,74, resultando em um IMC médio de 29,50 ±3,27. Cada voluntário realizou de forma aleatorizada os testes de degrau de 2 (TD2) e 6 (TD6) minutos, assim como uma avaliação dinâmica da força muscular inspiratória (s-index) e um teste de 1 Repetição Máxima (1RM) para o movimento de agachamento. O desempenho nos testes foi inferido pela quantidade de degraus subidos (73,17 ±12,15 no TD2 e 198,83 ±30,03 no TD6); pelo maior valor do s-index (114,53 ±36,88); e pelo valor absoluto da carga de 1 RM (99,33 ±33,80). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (CEP/HUCFF) e todos os voluntários assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Foram encontradas: uma correlação forte entre o TD2 e o TD6 (r=0,753, p<0,05); correlações moderadas entre o TD2 e o 1RM (r=0,662, p<0,05) e entre o TD6 e o 1RM (r=0,635, p<0,05); uma correlação moderada entre o s-index e o 1RM (0,725, p<0,05); correlações fracas e não significativas entre o s-index e o TD2 (r=0,529, p>0,05) e entre o s-index e o TD6 (r=0,493, p>0,05). Conclusão: Os achados mostram que a força muscular periférica parece ter mais influência que a força muscular inspiratória no desempenho nos testes de degrau de 2 e 6 minutos em indivíduos saudáveis.