Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica, via final comum de diversas doenças cardíacas. Os avanços terapêuticos e tecnológicos em saúde representaram um fator determinante na melhora do prognóstico e na redução da morbidade e mortalidade de pacientes portadores de doenças cardiovasculares. Diante deste cenário, a avaliação da qualidade de vida (QV) relacionada à saúde tornou-se fundamental para o conhecimento do perfil e para nortear novas ações e terapêuticas de pacientes com IC. Objetivo: Avaliar a QV de pacientes com IC classe funcional New York Heart Association (NYHA) I e II. Método: Tratou-se de um estudo de coorte transversal, com amostra composta por 20 indivíduos em acompanhamento clínico ambulatorial. Foram incluídos no estudo pacientes com diagnóstico clínico de IC classe funcional NYHA I e II, faixa etária entre 50 anos e 85 anos de ambos os gêneros com o tratamento medicamentoso otimizado, que obtiveram 18 pontos no Mini Exame do Estado e que concordaram em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram excluídos pacientes que apresentaram limitações cognitivas e neurológicas impeditivas à realização do questionário proposto. Em seguida foi realizada a avaliação para a categorização da amostra, contendo informações como idade e sexo. Para avaliar a QV, os voluntários responderam o questionário SF-36 (Short Form Health Survey), um instrumento de fácil administração e compreensão, multidimensional formado por 36 questões perfazendo oito componentes: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Resultado: A amostra foi constituída por 20 pacientes, sendo 10 (50%) do gênero masculino e 10 (50%), do gênero feminino. A média de idade dos pacientes foi de 63,30 ± 5,44 anos. Na avaliação da QV por meio do questionário SF-36 observou-se que o domínio mais comprometido foi o domínio aspectos físicos com média de 31,2 ± 34,2 seguido do domínio estado geral de saúde 42,2 ± 21,3 e o domínio menos comprometido foi o de aspectos sociais com média de 61,6 ± 27,23. Conclusão: A IC gera um impacto negativo sobre a QV com maior comprometimento no domínio aspectos físicos. Ações que possam minimizar as limitações funcionais consequentes a progressão da doença devem ser alvo de interesse de toda equipe multidisciplinar objetivando um melhor acompanhamento e prognóstico desta população.