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Pseudoaneurisma ventricular esquerdo em paciente sem clínica de síndrome coronariana aguda

Marina Vitória Silva Costa, Marcela Gomes de Souza, Alice Mirane Malta Carrijo, Nathália Abdo Zuliani, Jéssica Evangelista de Queiroz, Francielly dos Santos Vieira, Leonardo Teixeira Melo, João Lucas O´Connell
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - - MG - BRASIL

Introdução: O pseudoaneurisma ventricular se forma quando a ruptura da parede cardíaca é circundada por pericárdio aderente ou tecido cicatricial, sem conter endocárdio ou miocárdio. É uma patologia rara e altamente mórbida, a qual, geralmente, se apresenta como uma complicação do infarto do miocárdio (IM). Pseudoaneurismas podem ser diagnosticados incidentalmente em pacientes assintomáticos. A reparação cirúrgica contribui com o aumento da sobrevida e a melhora dos sintomas. Nesse relato, descreve-se o caso de um paciente com pseudoaneurisma ventricular esquerdo, assintomático, submetido a cirurgia de reconstrução ventricular.

Descrição do caso: Paciente masculino, branco, 55 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus insulinodependente, hipotireoidismo, insuficiência renal crônica e transplantado renal. Paciente admitido com quadro de pé diabético sendo realizado antibioticoterapia, amputação de terceiro pododáctilo à direita e realizados exames de propedêutica cardiovascular na internação. Ao ecocardiograma, identificada função sistólica preservada, hipocinesia médio-basal inferior, acinesia médio-basal ínfero-lateral e pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo com trombo em seu interior. Solicitado coronariografia que evidenciou estenoses de 30% proximal e 70%  focal em terço médio de ramo ventricular posterior direito. Paciente negava qualquer episódio de dor torácica ou dispnéia. Foi submetido a cirurgia de reconstrução ventricular esquerda com fechamento da parede livre do local de rotura com pacth de pericárdio bovino. Durante intraoperatório realizado ecocardiograma demonstrou resolução da descontinuidade ventricular, permanecendo assintomático no pós-operatório.

Conclusão: Pseudoaneurisma do ventrículo esquerdo ocorre, geralmente, dentro de 3 a 14 dias após o IM, mas pode ser observado em até 12 meses. Configura-se uma condição clínica de urgência por ocasionar tamponamento cardíaco, choque e morte. Dados sobre a epidemiologia revelam que 0,1% dos pacientes com IM desenvolveram pseudoaneurisma do ventrículo esquerdo. Além disso, a faixa etária média foi de 60 anos, sendo a maioria branca e masculina. Infartos na parede inferior estão relacionados a uma maior chance de pseudoaneurismas quando comparados aos de parede anterior, em razão da parede mais fina na porção inferior. A detecção incidental na ecocardiografia é comum e normalmente os pacientes são assintomáticos. O tratamento adequado é a cirurgia que objetiva a exclusão do aneurisma a fim de restaurar o tamanho e a forma do ventrículo esquerdo.

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