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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A Empagliflozina inibe a atividade do NHE3 em túbulo proximal renal e reduz a pressão arterial de ratos hipertensos

Santos Rios TM, Martins FL, Crajoinas RO, Girardi ACC
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Diversos ensaios clínicos demonstraram redução da pressão arterial promovida por inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2) em pacientes hipertensos com diabetes tipo 2. Entretanto, os mecanismos responsáveis ainda não estão elucidados. Nesse contexto, este trabalho busca testar a hipótese de que a empagliflozina reduz a pressão arterial de ratos hipertensos não-diabéticos por meio da inibição da isoforma 3 do trocador sódio-hidrogênio (NHE3) no túbulo proximal renal.

Métodos: Ratos Wistar e ratos espontaneamente hipertensos (SHR) com 12-14 semanas de idade foram tratados com empagliflozina 10 mg/Kg/dia por via oral ou água. A pressão arterial foi determinada por pletismografia de cauda e por método direto via cateter arterial. O efeito agudo da empagliflozina na atividade do NHE3 foi avaliado através de análise de microperfusão no túbulo proximal renal.

Análise estatística: A comparação entre os grupos foi feita através do teste ANOVA 2-VIAS com análise multivariada.

Resultados: O tratamento com inibidor do SGLT2 diminuiu a pressão sistólica (177 ± 3 vs 194 ± 3 mmHg, p< 0,001) e diastólica (140 ± 2 vs 155 ± 2 mmHg, p< 0,001) em ratos SHR. Em contrapartida, não houve alteração significativa na pressão arterial dos ratos wistar. A infusão direta de empagliflozina no túbulo proximal de ratos SHR promoveu efeito inibitório agudo da atividade do NHE3 (1.21 ± 0.09 vs 0.80 ± 0.06 nmol/cm2 x s, p< 0,001) na mesma magnitude do efeito visto após a infusão do inibidor específico do NHE3 (1.21 ± 0.09 vs 0.85 ± 0.06 nmol/cm2 x s, p< 0,01). Em ratos wistar, a infusão direta também inibiu a atividade do NHE3, porém não na mesma intensidade do inibidor específico. 

Conclusão: O tratamento com o inibidor de SGLT2 reduziu a pressão arterial nos ratos espontaneamente hipertensos não-diabéticos. Tanto o tratamento prolongado quanto a infusão direta mostraram que a empagliflozina inibe a atividade do NHE3 em ratos normotensos e hipertensos, embora a repercussão nos níveis pressóricos não seja observada no primeiro grupo. Os mecanismos compensatórios nos ratos wistar podem estar relacionados ao aumento da reabsorção de sódio nas porções à jusante do túbulo proximal renal.

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