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Avaliação e orientação sobre risco cardiovascular em homens abrigados em uma casa de passagem em um município do noroeste paulista

Breno Pederiva de Sá, Heloísa Fusetto de Lima, Luma Gomes Lourencini, Caroline Marie Kamada Tanaka, Bianca Brandão Lima, Pedro Custódio D’Amico, Sofia Hamada Jucá, Ana Beatriz Munhoz Cardoso, Karen Fernanda Silva Bortoleto Garcia
UNIFEV - Votuporanga - SP - Brasil

Introdução: A população masculina não se reconhece como alvo de atendimento em saúde, possuindo frequência bem menor nos serviços de atenção primária quando comparada à feminina, fato esse correlacionado a essência histórico-cultural do homem que o condiciona a ideia de invulnerabilidade. Junto a isso, nessa população, a alta incidência e prevalência de hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, inatividade física e obesidade constituem os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Soma-se ainda a vulnerabilidade presente diante dos baixos níveis socioeconômicos e da baixa escolaridade, frequentemente, encontrados no grupo específico avaliado por este estudo. Portanto, com o intuito de avaliar os riscos cardiovasculares e orienta-los sobre a importância de sua prevenção, o trabalho foi realizado em uma casa de passagem de um município do noroeste paulista.
Método: Estudo quantitativo, descritivo, de base populacional, desenvolvido com indivíduos do sexo masculino, contando com 33 participantes, na faixa etária entre 30 e 65 anos, pertencentes a uma casa de passagem em um município do noroeste paulista. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários, aferição da pressão arterial, peso, estatura, circunferência abdominal e cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC).
Resultados: Notou-se que a faixa etária média no estudo foi entre 41-60 anos, representando 61% dos avaliados, sendo a idade de maior prevalência para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 11% dos participantes encontravam-se em pré-hipertensão e 22% em algum grau de hipertensão arterial, destes, 11%, 7% e 4% classificavam-se em hipertensão grau 1, 2 e 3, respectivamente. 64,3% apresentaram-se em risco ou alto risco para complicações cardiovasculares, de acordo com a circunferência abdominal. 32,1% apresentaram-se em sobrepeso e 21,4% em algum grau de obesidade. 53,6% não praticam atividades físicas regularmente. 93% possuem hábitos tabagistas, com consumo mínimo de 1 maço por dia.
Conclusões: Os dados coletados corroboram com os dados da literatura, sobre o aumento do risco cardiovascular na população masculina, estando este diretamente relacionado ao histórico cultural do país e hábitos de vida desta população. As orientações foram realizadas, além do esclarecimento de dúvidas frente aos principais fatores de risco cardiovasculares, possibilitando, quando fora dos padrões de normalidade, o referenciamento à Unidade Básica de Saúde adscrita ao território.

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