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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Infarto Agudo do Miocárdio associado à Aneurisma de artéria coronária direita

Gabriela Marinho Aquino, Marina Vitória Silva Costa, Francielly Dos Santos Vieira, Nathalia Abdo Zuliani, Jéssica Evangelista de Queiroz, Leonardo Teixeira de Melo, João Lucas O‘Connell, Marcos Vinicius Rodrigues Silva, Marcela Gomes de Souza, Fernando Cesar de Sousa Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - - MG - BRASIL

Introdução: Diagnostica-se a presença de Aneurismas de Artérias Coronárias (AAC)

quando detectamos uma dilatação segmentar do vaso em que seu diâmetro exceda em

1,5 vezes os segmentos adjacentes, ou ainda, exceda em 1,5 vezes o maior diâmetro

daquele vaso. A incidência dos aneurismas varie entre 1,5% e 5% em adultos, mais

frequentes no sexo masculino. Os aneurismas podem estar associados às arterites de

Takayasu, Kawasaki, poliarterite nodosa e sifilítica, e ainda a trauma, disseção,

angioplastia, aterectomia e exposição a herbicidas. Apesar de relação com a

arterosclerose coronariana, há controversas quanto ao papel dos fatores de risco

clássicos na gênese dos aneurismas. Relato do caso: Masculino, 49 anos, obeso grau

III, hipertenso. Apresentou precordialgia típica e identificado infarto agudo do

miocárdio (IAM) com supradesnivelamento de ST de parede inferior. Cateterismo

emergencial mostrou ectasia em toda a extensão da coronária direita (CD), com

aneurisma (diâmetro interno máximo do vaso estimado em 12 mm) associado a trombo

oclusivo no terço médio. Ectasias discretas, sem estenoses significativas em

descendente anterior e circunflexa. Feito tentativa de angioplastia transluminal

coronária primária por balão associado à trombólise intra-coronária em ataque

(Tenecteplase) e manutenção endovenosa com obtenção de fluxo coronário TIMI II.

Não foi possível o implante de stent coronário pela dilatação excessiva do vaso.

Paciente evoluiu bem e não apresentou novos eventos cardiovasculares nos últimos 6

meses. Usou Aspirina (100 mg/dia) nos primeiros 28 dias, agora em uso de Clopidogrel

(75 mgdia) e Rivaroxabana (15 mg/dia). Conclusão: A fisiopatologia do ACC é

atribuída a danos endoteliais, multi-fatoriais, que ativam mediadores inflamatórios. Não

há diretrizes para ACC na síndrome coronariana aguda. Nos casos que cursam com

IAM, a revascularição percutânea associa-se a embolização distal do trombo, fenômeno

de não-refluxo, mal posicionamento do stent, dissecção, ruptura e comprometimento do

fluxo. Não existem dados na literatura quanto à eficácia da terapia trombolítica intra-

venosa e nem intra-arterial coronária para estes casos. Este caso sugere que, na

emergência, a Angioplastia por balão associada ao uso de trombolíticos (se não se

consegue recanalização do vaso somente por balão), seguido do tratamento clínico

otimizado com estatinas em alta dose, antiagregação plaquetária (única ou dupla) com

anticoagulação efetiva por longo prazo podem ser boas opções terapêuticas para casos

selecionados de IAM associados a ACC. 

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