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Experiência unicêntrica brasileira de implante de dispositivos de assistência ventricular de longa permanência

Bruno Soares da Silva Rangel, Nádia Romanelli Quintanilha, Bruno Biselli, Monica S. Avila Grinberg, Stephanie Itala Rizk, Danilo Galantini, Fabio Biscegli Jatene , Filomena R. B. Gomes Galas, Roberto Kalil Filho, Silvia Moreira Ayub Ferreira
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

Fundamento: Nos últimos 20 anos, os dispositivos de assistência ventricular implantáveis (DAVi) passaram a fazer parte da terapia a longo prazo em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) avançada, com um número crescente de implantes no Brasil e no mundo. No entanto, o implante de DAVi para pacientes com IC avançada no Brasil demanda alto investimento e conhecimento técnico especializado o que dificulta a ampla disponibilidade do recurso. Objetivo: Descreveremos a experiência de implantes de DAVi de longa permanência em pacientes com IC avançada em um centro cardiológico no país.  Pacientes e métodos: Dados baseados em análise de prontuário com as características clínicas, desfechos e complicações dos pacientes submetidos a implante de DAVi nos últimos 7 anos, bem como mortalidade em 1 ano e melhora de capacidade funcional.  Resultados: Foram implantados 23 DAVi de longa permanência de fluxo contínuo (Berlin Heart INCOR®, Heart Mate II e Heart Mate III) em pacientes com IC avançada. 52% dos pacientes eram do sexo masculino com idade média de 53 anos, 39% apresentavam cardiopatia isquêmica e 70% estavam em INTERMACS 3. A fração de ejeção média do ventrículo esquerdo foi de 24%. Dentre as indicações para implante de DAVi, 65% foi como terapia de destino, 17% como ponte para transplante cardíaco devido a expectativa de tempo elevado em fila e 17% como ponte para candidatura . A sobrevida em 1 ano foi de 66% e após 6 meses do DAVi,  95% estavam em CF I da NYHA. O tempo médio de permanência com o dispositivo foi de 445 dias e o tempo máximo de 1066 dias. Dentre as principais causas de óbito estão choque hemorrágico, falência de ventrículo direito e acidente vascular encefálico. Quatro pacientes foram submetidos a explante de DAVi, sendo que três desses foram transplantados. De todos os casos, 83% receberam alta hospitalar, com tempo médio de internação de 47 dias após implante.  Conclusão: Apesar de demandar um alto recurso financeiro e notória qualidade técnica, tal terapia é factível em um país com grande incidência de IC avançada, proporcionando menor tempo de internação, elevada taxa de sobrevida em 1 ano e melhora significativa na qualidade de vida.

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