Introdução: Identificar diagnósticos com alto grau de acurácia é importante porque a partir deles serão propostas intervenções de enfermagem com potencial para alcançar resultados desejados. A acurácia diagnóstica pode ser melhorada em programas de treinamento, como as residências em enfermagem.
Objetivo: comparar o grau de acurácia diagnóstica entre estudantes do último ano de graduação em enfermagem e de enfermeiros residentes, e estimar a associação entre o grau de acurácia diagnóstica e o grau de contato com processo de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, raciocínio clínico e o grau de habilidade em estabelecer diagnósticos de enfermagem.
Método: trata-se de estudo descritivoexploratório transversal. Participaram 65 sujeitos, dos quais: 27 graduandos do último ano de Enfermagem, 19 enfermeiros residentes do primeiro ano e 19 do segundo ano. Utilizaram-se dois instrumentos: caracterização dos participantes e caso clínico. O grau de acurácia diagnóstica foi avaliado por meio da Escala de Acurácia de Diagnósticos de Enfermagem - versão 2. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial.
Resultados: os participantes tinham idade média entre 22 e 26 anos e a maioria era do sexo feminino. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto à habilidade autorreferida para estabelecer diagnósticos de enfermagem e grau de contato com processo de enfermagem, diagnósticos de enfermagem e raciocínio clínico nos âmbitos teórico e prático. Verificou-se que os residentes do segundo ano identificaram número significativamente menor de diagnósticos de baixa acurácia.
Conclusão: os resultados sugerem que os programas de residência contribuem para melhorar a acurácia diagnóstica.