Introdução: Estudos mostram que uma única sessão de exercício físico pode reduzir a pressão arterial por várias horas, sendo considerada uma intervenção terapêutica no tratamento da hipertensão. Além do exercício, a L-arginina também tem sido testada em diversas doenças cardiovasculares por ser um aminoácido semi-essencial precursor do óxido nítrico, uma biomolécula responsável por inúmeras funções orgânicas, entre elas, a vasodilatação, assim a junção dessas duas intervenções poderiam culminar em melhor controle da pressão arterial em hipertensos. Objetivo: Verificar se a associação de L-arginina com o exercício pode potencializar a redução da pressão arterial de idosas hipertensas. Metodologia: Foi utilizado um delineamento duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, participaram do estudo 8 idosas com 60 a 70 anos, hipertensas, cada voluntária participou de 4 etapas, sendo elas, controle, exercício, L-arginina e L-arginina/exercício. Em cada etapa foi servido um café da manhã e logo após a administração de 6g de L-arginina ou placebo, após 90 minutos, período em que a substância começa a fazer efeito, iniciavam o protocolo de exercício ou retornavam para casa nas etapas controle ou l-arginina. O protocolo de exercício foi composto por caminhada em esteira, aquecimento e relaxamento a 40% da freqüência cardíaca de reserva com duração de 5 minutos cada etapa, parte principal com duração de 30 minutos com intensidade entre 60% a 70% da freqüência cardíaca de reserva, totalizando 40 minutos de exercício, o monitoramento da freqüência cardíaca foi realizado com um cardiofrequencímetro “Polar FT2” e em todas as etapas foi instalado um MAPA programado para aferir a pressão arterial de 15 em 15 minutos durante 10 horas. O tratamento estatístico foi realizado por meio do software SPSS 17.0, foi utilizado o teste de Shapiro Wilk para verificar a normalidade dos dados, logo após foi utilizado o teste de ANOVA para medidas repetidas com o Post Hoc de Bonferroni, o nível de significância adotado foi p<0,05. Resultado: Não houve resultado estatisticamente significante para pressão arterial sistólica p= 0,187 e pressão arterial diastólica p=0,87, no entanto, quando há comparação entre a etapa controle e exercício/l-arginina, percebe-se uma redução média de 6,7mmHg para pressão arterial sistólica apontando um resultado clínico. Conclusão: A administração de L-arginina associada ao exercício não apresentou um resultado estatisticamente significante, porém, foi capaz de reduzir a pressão arterial sistólica em 6,7mmHg, podendo evitar outras comorbidades.