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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Quais os marcadores prognósticos clínicos mais relevantes em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada e baixo debito cardíaco?

Santos, EC, Kormann-Moreira, MC, Gomes, BR, Biselli, B, Silva, PGMB, Roque, EC, César, MC, Lopes, R, Oliveira, MT , Soeiro, AM
INCOR-USP - São Paulo - SP - Brasil , Samaritano - São Paulo - São Paulo - Brasil, Metropolitano - Serra - Espírito Santo - Brasil

Introdução: A identificação de fatores de risco em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) no Brasil ainda é pouco descrita. No entanto, pode ser determinante na perspectiva de diagnóstico e tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo, multicêntrico e observacional com o objetivo de avaliar a relação entre apresentação clínica, exame físico e comorbidades, com mortalidade em pacientes com IC descompensada e baixo débito cardíaco. Foram incluídos 909 pacientes e avaliados dados demográficos, comorbidades, sintomas, dados de exame físico, eletrocardiograma e medicamentos previamente utilizados. Análise estatística: A avaliação dos achados de acordo com a ocorrência ou não de morte intrahospitalar foi realizada através de Q-quadrado e teste-T (significativo p < 0,05).A análise multivariada foi realizada por regressão logística, sendo considerado significativo p < 0,05, quando o achado apresentasse significância estatística. Resultados: A mediana de idade foi de 64,15 anos com 60% de pessoas do sexo masculino. Cerca de 33% dos pacientes morreram durante a internação. Foram encontradas diferenças entre os pacientes que morreram ou não, respectivamente, nos seguintes achados: sexo masculino em 67,4% vs. 59,6% (p = 0,027), hipertensão arterial em 51% vs. 63,1% (p = 0,001), acidente vascular encefálico prévio em 8,7% vs. 14,4% (p = 0,013), presença de marcapasso definitivo em 12,1% vs. 6,8% (p = 0,020), presença de ressincronizador em 7,1% vs. 3,1% (p = 0,015), edema de mmii em 47% vs. 31,2% (p < 0,0001), dor torácica em 16,7% vs. 28,1% (p = 0,001), ortopnéia em 35,4% vs. 27,5% (p = 0,023), estertores pulmonares em 32,8% vs. 20,3% (p = 0,001), presença de estase jugular em 33,3% vs. 22,4% (p = 0,001), B3 em 5,2% vs. 1,2% (p = 0,001) e ascite em 17,7% vs. 8,2% (p < 0,0001). Na análise multivariada, somente acidente vascular encefálico manteve correlação com mortalidade intrahospitalar (OR = 2,027; IC: 1,079 – 3,808). Conclusão:Diversos foram os achados que mostraram correlação na avaliação de mortalidade na população brasileira com IC e baixo débito cardíaco. No entanto, somente acidente vascular encefálico manteve a correlação significativa na análise multivariada.

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