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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Quais os marcadores prognósticos clínicos mais relevantes na dissecção aguda de aorta?

Vagner Madrini Junior, Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva, Rodrigo Cezar Mileo , Gabriel Travessini, Lucas Peres Miachon, Aline Siqueira Bossa, Maria Cristina Cezar, Renato Lopes, Mucio Tavares de Oliveira Jr, Alexandre de Matos Soeiro
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, HOSPITAL SAMARITANO PAULISTA - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A identificação de fatores de risco em pacientes com dissecção aguda de aorta (DAA) no Brasil ainda é pouco descrita. No entanto, pode ser determinante na perspectiva de diagnóstico e tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo, multicêntrico e observacional com o objetivo de avaliar a relação entre apresentação clínica, exame físico, comorbidades, exames complementares e medicamentos utilizados nas primeiras 24 horas da admissão com mortalidade em pacientes com DAA. Foram incluídos 134 pacientes e avaliados dados demográficos, comorbidades, sintomas, dados de exame físico, eletrocardiograma, ecocardiograma e medicamentos utilizados. Análise estatística: A avaliação dos achados de acordo com a ocorrência ou não de morte intrahospitalar foi realizada através de Q-quadrado e teste-T (significativo p < 0,05). A análise multivariada foi realizada por regressão logística, sendo considerado significativo p < 0,05, quando o achado apresentasse significância estatística. Resultados: A mediana de idade foi de 54 anos com 59% de pessoas do sexo masculino. Cerca de 39,6% dos pacientes morreram durante a internação. Foram encontradas diferenças entre os pacientes que morreram ou não, respectivamente, nos seguintes achados: idade média de 62,9 + 11,4 anos vs. 53,7 + 11,8 anos (p < 0,0001), frequência cardíaca à admissão de 90,4 + 21,4 bpm vs. 78,4 + 16,5 bpm (p = 0,001), hipertensão arterial em 83% vs. 61,9% (p = 0,012), manifestações neurológicas em 24,5% vs.6,3% (p = 0,006), dor irradiada para dorso em 52,8% vs. 31,7% (p = 0,022), tamponamento cardíaco em 16% vs. 4,8% (p = 0,048), uso de noradrenalina em 39,6% vs. 15,9% (p = 0,004) e uso de nitroprussiato de sódio em 37,7% vs. 61,9% (p = 0,009). Na análise multivariada, não foram encontradas diferenças significativas entre pacientes que apresentaram morte ou não intrahospitalar em nenhuma das variáveis estudadas. Conclusão: Idade, frequência cardíaca à admissão, hipertensão arterial, manifestações neurológicas, dor irradiada para dorso, tamponamento cardíaco, uso de noradrenalina e uso de nitroprussiato de sódio foram os fatores que mostraram correlação na avaliação de mortalidade na população brasileira com DAA em um registro multicêntrico.

 

 

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