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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Sindrome pós pericadiotomia com resolução completa em 3 dias após instituição do tratamento

Gabriela Thevenard, Lucas Coelho Gonçalves Bichara, Lucas Faria Teixeira, Lais de Oliveira Toledo, Leonardo Giglio Dragone, Vagner Mandrini Junior, Roberto Kalil Junior, Felipe Mateus Teixeira Bezerra, Brunna Pileggi Azevedo Sampaio , Hugo Rafael da Costa Benalia
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A síndrome pós pericardiotomia (SPP) é uma complicação relativamente comum após cirurgia cardíaca, com incidencia por volta de 10 - 40% e muito embora tenha baixa mortalidade, acarreta em maior tempo de internação, custo hospitalar e impacto em morbidade.A fisiopatologia ainda não é completamente conhecida, mas sabemos que a inflamação tem um papel imprescindível no seu desenvolvimento. Acredita-se que a lesão na pleura e no pericárdio, a presença de sangue no saco pericárdico, o uso de circulação extracorpórea e a lesão de isquemia-reperfusão podem desencadear uma reação inflamatória local e sistêmica que podem desencadeear a SPP. Após o estabelecimento da síndrome, o tratamento de escolha é com o uso de antinflamatorios não esteroidais (AINEs) em combinação com colchicina. Sendo que o uso de corticoides fica reservado para os casos refratários ao tratamento inicial. Relato de caso: Paciente masculino, 56 anos, deu entrada no Instituto do Coração com indicação de cirurgia cardíaca por aneurisma de aorta ascendente de 5,6 cm associado a válvula bicúspide e padrão coronariano triarterial. Submetido a cirurgia no dia 07/02/2020 com reconstrução da raiz da aorta e aorta ascendente associada a troca de válvula aórtica por prótese mecânica, pela técnica de Bentall de Bono modificada, além de revascularização miocárdica. Apresentou no 2º dia de pós-operatório (PO) quadro de fibrilação atrial, sendo optado pelo controle da frequência. No 6º dia de PO apresentou quadro de dispneia, com dessaturação, febre e aumento da proteina-C-reativa. Realizado tomografia de tórax e ecocardiograma transtorácico, que excluiram processo infeccioso e evidenciaram derrame pleural e pericárdico moderados, sendo feito o diagnóstico de síndrome pós pericardiotomia e iniciado tratamento com prednisona 0,5mg/kg/dia e colchicina 0,5mg 12/12h, repetidos exames, com resolução completa do quadro em 3 dias, sendo prosseguida com a alta hospitalar. Conclusão: O caso clínico apresentado diz respeito à síndrome de pós pericadiotomia com diagnóstico feito após exclusão de quadro infeccioso. Após introdução do tratamento o paciente teve remissão completa do quadro com resolução do derrame perdicárdico após ecocardiograma de controle.

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