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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Treinamento resistido dinâmico melhora perfil de estresse oxidativo cardíaco e renal em ratos machos espontaneamente hipertensos

Shecaira, T. P., Araujo, A. A., Paixão, C., Dias, D. S., Bernardes, N., Stoyell-Conti, F. F., De Angelis, K.
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, UNINOVE - Univers. Nove de Julho - São Paulo - SP - Brasil

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, sendo a hipertensão arterial e o sedentarismo, os principais fatores de risco para o seu desenvolvimento. Além disto, o estresse oxidativo está amplamente relacionado com a patogênese e manutenção da hipertensão. No entanto, a literatura é escassa em relação aos benefícios do treinamento físico resistido nesta condição. Portanto, este trabalho teve o objetivo de avaliar os efeitos do treinamento resistido dinâmico (TRD) no estresse oxidativo de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Para tanto, 16 SHR jovens foram divididos em 2 grupos (n=8): MS – machos sedentários e MT – machos treinados. Os SHR foram submetidos ao teste de esforço máximo e treinados durante 8 semanas, sendo que o grupo MS permaneceu sedentário durante o mesmo período. As análises de estresse oxidativo foram realizadas em tecido cardíaco e renal. Como resultados, o grupo MT apresentou redução de lipoperoxidação lipídica (MT: 6985±521 vs. MS: 9211±683 cps/mg proteína), bem como na oxidação de proteínas apenas no tecido cardíaco (MT: 4,91±0,23 vs. MS: 6,12±0,23 nmol/mg proteína). Houve redução do peróxido de hidrogênio apenas em tecido renal no grupo treinado (MT: 6,83±1,78 vs. MS: 35,54±4,64 µM H2O2). Não houve diferença da enzima antioxidante catalase (p>0,05), mas houve aumento da superóxido dismutase em ambos os tecidos no grupo treinado em relação ao sedentário (Coração: MT: 25,38±1,43 vs. MS: 20,08±1,53 USOD/mg proteína; Rim: MT: 7,71±0,22 VS. MS:7,00±0,16 USOD/mg proteína). Além disso, o grupo MT aumentou a razão da glutationa reduzida pela oxidada em tecido cardíaco (MT: 11,32±0,47 vs. MS: 8,63±0,32). Dessa forma, podemos concluir que o TRD de moderada intensidade foi capaz de reduzir o estresse oxidativo, diminuindo lesões aos órgãos-alvo e aumentando as defesas antioxidantes em um modelo de hipertensão arterial. Tais achados, associados aos benefícios já bem descritos do treinamento físico aeróbico, podem contribuir para uma redução do risco de eventos cardiovasculares nesta população. Apoio financeiro - FAPESP: 2015/10329-5, CAPES.

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