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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Intervenção coronariana complexa via transradial direita distal, com artéria subclávia lusória e em vigência de tempestade elétrica refratária.

Marcos Danillo Peixoto Oliveira , Navarro, EC, de Sá, GA, Santos, GM, Garcia, MEVR, Viana, RAB, Barbosa, AHP, Adriano Mendes Caixeta
Hospital São Paulo - Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - São Paulo - São Paulo - Brasil, Hospital Regional do Vale do Paraíba - Taubaté - SP - Brasil

 

A via de acesso arterial transradial distal (dTRA) na tabaqueira anatômica (fossa radial) surgiu como um refinamento da clássica técnica transradial proximal convencional, com vantagens e limitações. No nosso serviço de hemodinâmica e cardiologia intervencionista, o dTRA é a via de acesso padrão para a realização de cinecoronariografias (CINE) e intervenções coronarianas percutâneas (ICP). Mulher, 78, hipertensa, diabética, obesa, dislipidêmica, ex-tabagista, cursou com dor precordial definitivamente anginosa, persistente, em repouso e refratária a doses elevadas de nitroglicerina parenteral, com elevação característica de troponinas (IAMsSST), complicada por arritmias ventriculares complexas intercaladas com períodos de bloqueios atrioventriculares de segundo grau (em outro serviço). Posicionada na mesa do laboratório de hemodinâmica, apresentou (vídeo) taquiarritmias ventriculares polimórficas, reentrantes e incessantes, complexas, com períodos de torsades de pointes (a despeito de infusão de sulfato de magnésio, metoprolol, amiodarona e lidocaína), FV (revertida com pronta desfibrilação)e TV polimórfica sustentada instável (síncope), requerendo imediata cardioversão elétrica sincronizada. Após relativa estabilização, CINE de emergência, via "right dTRA" (figura 1), evidenciou: artéria subclávia direita lusória (retroesofageana), com tortuosidades e angulações sobremodo acentuadas até a aorta ascendente (figura 1), dificultando sobremaneira a cateterização coronariana seletiva;  ateromatose suboclusiva, extensa, maciçamente calcificada e com acentuadas tortuosidades, a níveis proximal e médio da ACD (dominante); suboclusão maciçamente calcificada a nível médio da ADA (bifurcação com grande ramo Dg, este também bifurcado) – figura 2. Devido às instabilidades elétrica e clínica secundárias à isquemia miocárdica, procedeu-se à pronta ICP (sobremodo complexa) da ACD e da ADA, pela mesma via "right dTRA", em vigência de tempestade elétrica refratária. A despeito de todos esses detalhes técnicos, logrou-se excelente resultado angiográfico final (figura 2) em todos os vasos tratados (stents farmacológicos). Ecocardiograma transtorácico evidenciou contratilidade global preservada do VE, sem anormalidades estruturais significativas. Após total e imediata resolução da angina e da tempestade elétrica, sem eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores, a paciente recebeu alta hospitalar, em uso de AAS, prasugrel, rosuvastatina, metoprolol succinato, ramipril, metformina e empagliflozina.

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