SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Bradicardia sinusal sintomática após implante de balão intra-gástrico

Gustavo Lamos Checoli, Mariana Pezzute Lopes, Marcel de Paula Pereira, Jairo Tavares Nunes, Fernando Rabioglio Giugni, Patricia Oliveira Guimarães, Gustavo André Boeing Boros, Paulo Vinicíus Ramos Souza, Francisco Akira Malta Cardozo, Alexandre de Matos Soeiro
Unidade Cardiológica Intensiva BP Mirante - São Paulo - SP - Brasil

Introdução:Mais de 1.4 bilhões de adultos no mundo tem sobrepeso ou são obesos. Individuos com obesidade comumente desenvolvem comorbidades como diabetes e hipertensão. O balão intra-gástrico (BIG) pode ser considerado como terapia para perda de peso e controle de comorbidades associadas. É uma terapia minimamente invasiva e temporária que consiste num balão macio, preenchido de solução salina implantado no estômago para promover saciedade e restrição. Complicações são raras e normalmente não relacionadas à problemas cardiológicos. Relato do caso:Paciente do sexo masculino, 47 anos, iniciou quadro de epigastralgia em cólica, náuseas e vômitos intensos há 12 horas, refratários ao tratamento sintomático. Havia implantado BIG eletivo no da anterior Indicado para auxílio no emagrecimento. Referia ter obesidade grau 1 (IMC 30,3 kg/m2), hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2. À entrada encontrava-se hemodinamicamente estável, porém com frequência cardíaca de 38 bpm. Realizado eletrocardiograma e constatada bradicardia sinusal. Na ocasião sem sinais de instabilidade, porém com PA em níveis mais baixos do que o seu habitual e apresentava-se com palidez cutânea sem anemia. Como paciente não fez nenhum uso de medicamentos cronotrópicos negativos e não havia alteração de eletrólitos, na ausência de bloqueios AV e outros sintomas, foi realizada hipótese de estimulo vagal exacerbado pela presença do BIG, procedendo a sua retirada. Logo após, o paciente retoma frequencia cardíaca de 82 bpm com ritmo sinusal, assintomático.Discussão:Vários estudos mostram que o implante de BIG é seguro com baixo índice de complicações. Efeitos colaterais comuns são náuseas, vômitos e epigastralgia. Complicações severas incluem obstrução intestinal, perfuração e morte. A taxa de mortalidade é de zero segundo meta-análise com 1200 pacientes. Entretanto nesse caso vemos uma possível complicação rara, com poucas descrições na literatura, sendo que o BIG pode induzir hiperativação do nervo vago por meio de estiramento da parede gástrica e esse estímulo contínuo pode aumentar o estimulo colinérgico cardíaco, resultando na bradicardia apresentada, resolvida após sua retirada. Conclusão: Apesar de raras, complicações cardiovasculares relacionadas ao BIG podem ocorrer, sendo necessária avaliação minuciosa e suspeição clínica correta.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo