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Avaliação prognóstica comparativa entre pacientes com edema agudo de pulmão não-hipertensivo versus hipertensivo – Dados de um registro brasileiro

Araujo VA, Silva, PGMB, Balzan, HFM, Francia, AC, Duarte, VA, Bossa, AS, Cezar, MC, Lopes, R, Oliveira Jr, MT, Soeiro, AM
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, HOSPITAL SAMARITANO PAULISTA - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: O prognóstico comparativo entre pacientes com edema agudo não-hipertensivo versus hipertensivo é pouco conhecido. Sugerem-se maiores índices de eventos e maior gravidade na apresentação não-hipertensiva, porém a avaliação comparativa é necessária. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, multicêntrico e observacional com objetivo de comparar o prognóstico relacionado à presença ou não de hipertensão (pressão arterial > 180 x 110 mmHg) à admissão em pacientes com edema agudo de pulmão. Foram incluídos 179 pacientes (82 no grupo não-hipertensivo e 97 no grupo hipertensivo) entre o período de janeiro de 2.015 e 2.019. Foram obtidos dados relacionados à características demográficas, hemoglobina, creatinina, pico de troponina, proteína-C reativa, BNP, pressão sistólica de artéria pulmonar, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, etiologias (isquêmica/valvar) e medicações utilizadas. Análise estatística: O desfecho primário intrahospitalar foi mortalidade. O desfecho secundário foi eventos combinados (insuficiência renal aguda, choque cardiogênico e morte). A comparação entre grupos foi realizada através de Q-quadrado e teste T. A análise multivariada foi realizada por regressão logística, sendo considerado significativo p < 0,05. Resultados: Cerca de 45,4% dos pacientes eram do sexo masculino e a idade média foi de 68,6 anos. Na comparação entre os grupos, observaram-se diferenças significativas em relação ao uso de nitrato via oral e endovenoso, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca prévia, pressões arteriais sistólica e diastólica, diâmetro do átrio esquerdo ao ecocardiograma e proteína-C reativa. A taxa de mortalidade intrahospitalar foi de 16,8%. Na avaliação de desfechos intrahospitalares, não se observaram diferenças significativas entre os grupos não-hipertensivo versus hipertensivo em relação à mortalidade (19,4% vs. 13,6%, p = 0,300) e eventos combinados (46,9% vs. 37%, p = 0,182), respectivamente. Conclusão: Observaram-se múltiplas diferenças entre os grupos. No entanto, a mortalidade intrahospitalar e os eventos combinados foram semelhantes entre os pacientes com edema agudo de pulmão não-hipertensivo versus hipertensivo.

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