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Evolução intra-hospitalar e em 6 meses de pacientes em choque cardiogênico por infarto agudo do miocárdio (Registro ROAD)

Rodrigo Balada, Lucas Macedo, Pedro Barros, Alexandre Soeiro, Maurício Tavares, Valter Furlan, Renato Lopes, Thiago Macedo, Maria Cezar
Hospital Samaritano Paulista - São Paulo - São Paulo - Brasil, Centro universitário São Camilo - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: Pacientes em choque cardiogênico durante quadro de infarto agudo do miocárdio (IAM) apresentam elevada mortalidade globalmente mas há poucos dados de literatura sobre essa população no Brasil, especialmente no seguimento pós-alta.

Objetivo: Avaliar os aspectos clínicos e a evolução clinica até 6 meses de pacientes internados por quadro de IAM em choque cardiogênico.

Métodos: Estudo de coorte (registro ROAD) em que foram analisados os pacientes com diagnóstico de SCA e choque cardiogênico. Foram avaliadas características basais, evolução intra-hospitalar e em 6 meses nessa população. 

Resultados: De um total de 4635 pacientes com SCA incluídos no registro ROAD, 137 (2,95%) apresentavam choque cardiogênico. A idade média dos pacientes foi de 67,2 (±11,9) anos, sendo 65,7% deles homens e as comorbidades mais presentes foram HAS (75,2%) e DM (43,8%). O ECG na entrada dos pacientes apresentou supra de ST em 58,4% dos casos e infra em 8%. Durante o tratamento hospitalar, 44,3% utilizaram dobutamina, 28,4% noradrenalina e 11,7% balão intra-aórtico. Os pacientes foram tratados principalmente por ATC (41,6%), seguido pelo tratamento clínico (32,1%) e por RM (13,1%). O cateterismo destes pacientes evidenciou que na maioria dos casos a artéria DA foi a principal acometida (53,4%), seguido pelos casos triarteriais (27,3%) e pelo acometimento de TCE (14,8%).Os eventos intrahospitalares deste pacientes foram principalmente o óbito (42,3%) e sangramento (29,2%), reinfartos (2,6%) e AVC (0,9%) ocorreram em menor proporção.  A avaliação a longo prazo destes pacientes foi realizada em média por 6,28 meses e 31,9% dos pacientes que receberam alta evoluíram com óbito, 22,9% com insuficiência cardíaca e 10,4% com reinternação,

Conclusão: O Choque cardiogênico foi um evento mais relacionado a idades avançadas e altamente relacionado com HAS e DM, onde mais da metade dos casos decorreu de uma SCA com supra de ST sendo a artéria DA a principal acometida. Muito frequentemente estes pacientes em choque cardiogênico utilizaram drogas vasoativas e a dobutamina foi a mais frequente. Quanto aos eventos intrahospitalares destes pacientes, o óbito e o sangramento foram os mais frequentes. Em longo prazo o óbito manteve-se como evento mais frequente, seguido pela IC.

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