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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO FÍSICO SÃO VOLUME-DEPENDENTES EM MODELO EXPERIMENTAL DE MENOPAUSA E OBESIDADE

Nícolas da Costa-Santos, Adriano dos Santos , Thayna Fabiana Ribeiro Batista, Marino Siket de Souza Pereira, Gabriela da Silva Santos, Erico Chagas Caperuto, Kátia De Angelis, Maria Cláudia Irigoyen, Katia Bilhar Scapini, Iris Callado Sanches
Universidade São Judas - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Após a menopausa há maior acúmulo de gordura visceral, contribuindo para o aumento do risco cardiometabólico. Por outro lado o treinamento físico promove benefícios importantes sobre a saúde cardiovascular. Há um consenso entre as principais associações de saúde sobre os benefícios do treinamento físico com frequência semanal mínima de 3 dias por semana. Entretanto, essa recomendação se aplica a população em geral, de modo que não se considera a associação de fatores de risco observada após a menopausa. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de diferentes volumes de treinamento físico aeróbio moderado sobre parâmetros metabólicos, hemodinâmicos e autonômicos em um modelo experimental de menopausa alimentado com dieta hiperlipídica. Métodos: Foram utilizados 32 camundongos fêmeas C57BL/6J ooforectomizadas alimentadas com dieta hiperlipídica, divididas em 4 grupos: sedentário (OSD) ou treinado 3, 5 ou 7 dias por semana (OTD3, OTD5 ou OTD7). A dieta hiperlipídica foi administrada por 9 semanas, a ooforectomia foi realizada ao final da 4a. semana. Glicemia de jejum e tolerância oral à glicose foram avaliadas. O treinamento físico teve duração de 4 semanas. A canulação foi realizada ao final do protocolo, para o registro e análise da pressão arterial, análise da sensibilidade barorreflexa e modulação autonômica cardiovascular. Resultados: A melhora dos parâmetros avaliados foi expressiva no grupo treinado 7 dias por semana. O treinamento físico realizado 3 dias por semana foi insuficiente para a redução do peso corporal, tecido adiposo (OSD: 0,060±0,007; OTD3: 0,051±0,005; OTD5: 0,052±0,009; OTD7: 0,029±0,003 gramas), glicemia de jejum (OSD: 158±6; OTD3: 145±5; OTD5: 143±5; OTD7: 133±5 mg/dL). Na redução da pressão arterial sistólica e média (OSD: 113±2; OTD3: 111±2; OTD5: 102±3; OTD7: 103±2 mmHg), em melhorar a sensibilidade barorreflexa (Resposta bradicárdica - OSD: 1,5±0,2; OTD3: 2,1±0,1; OTD5: 2,5±0,3; OTD7: 2,4±0,1 bpm/mmHg), aumentar a modulação parassimpática (AF-IP - OSD: 16,5±1,8; OTD3: 20,8±2,2; OTD5: 39,1±7,5; OTD7: 38,8±8,4 un), reduzir o balanço simpato-vagal (BF/AF - OSD: 2,7±0,6; OTD3: 1,7±0,2; OTD5: 0,9±0,3; OTD7: 0,9±0,2) e melhorar a variância da pressão arterial sistólica (VAR-PAS - OSD: 20±4; OTD3: 19±2; OTD5: 10±2; OTD7: 11±2 mg/dL). Conclusão: Somente o treinamento físico realizado 7 dias por semana induziu benefícios em todos os parâmetros avaliados. Neste sentido, há a necessidade de diretrizes específicas com orientações para a prática de atividade física para a população feminina após a menopausa.

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