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Avaliação do letramento em saúde nos pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica

LUANA RESENDE CANGUSSÚ, ROMERO HENRIQUE DE ALMEIDA BARBOSA, MATHEUS RODRIGUES LOPES, EDUARDO ANTONIO SARTORI ALHO, ANEKÉCIA LAURO, DIOGO VILAR DA FONSECA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - PAULO AFONSO - BAHIA - BRASIL

INTRODUÇÃO: O letramento em saúde compreende as habilidades cognitivas e sociais que determinam a capacidade que o indivíduo tem de obter, processar, compreender e utilizar as informações médicas e dos serviços de saúde para tomar decisões pertinentes a sua própria saúde. As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) contribui direta ou indiretamente para 50% dessas mortes. O baixo letramento em saúde pode impactar no manejo e controle dessas comorbidades acarretando em significativas perdas na qualidade de vida. Assim, os objetivos desse estudo foram avaliar o nível de letramento em saúde e a qualidade de vida dos pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica usuários do Sistema Público de Saúde da região Nordeste do Brasil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional analítico transversal realizado com 105 pacientes portadores de HAS através da aplicação dos testes Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-speaking Adults (SAHLPA-18), Short Test of Functional Health Literacy in Adults (S-TOFHLA) e do Mini-Questionário de Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial (MINICHAL). A coleta de dados deste estudo ocorreu no período de agosto de 2018 a março de 2019. RESULTADOS: Para ambos os testes de letramento aplicados (SAHLPA-18 e S-TOFHLA) pode-se observar que cerca de 60% dos pacientes entrevistados não apresentaram letramento em saúde adequado. Através das análises de correlações pode-se constatar que alguns fatores como idade, classe econômica e escolaridade foram associados com um letramento em saúde inadequado (P<0,01). Na avaliação da qualidade de vida, através do MINICHAL, 46,7% dos pacientes referiram que a hipertensão interfere na qualidade de vida. Foi também possível evidenciar que o tempo de diagnóstico e a classe econômica influenciaram na qualidade de vida dos pacientes (P<0,05). CONCLUSÃO: A HAS é uma condição crônica que requer tratamento contínuo e que tem riscos de evoluir com complicações fatais e não fatais que podem afetar a qualidade de vida. Sendo assim, o entendimento é imprescindível para qualquer paciente, a fim de melhor se autogerenciar. A maior parte dos pacientes portadores de HAS deste estudo não apresentou letramento em saúde adequado, esse dado reflete a dificuldade de entendimento e processamento das informações em saúde, o que pode impactar diretamente no manejo terapêutico da doença.

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