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A alta hospitalar no mesmo dia após intervenção coronária percutânea: Por que sim ?

Fábio Conejo, H. Ribeiro, Pedro Barros, Roger Godinho, Mariana Y. Okada, Viviane Fernandes, José Carlos Teixeira, Camila Gabrilaitis Cardoso, Valter Furlan, Expedito Ribeiro
HOSPITAL SAMARITANO PAULISTA - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução

A alta hospitalar no mesmo dia (AHMD) após intervenção coronária percutânea (ICP) eletiva está bem estabelecida na literatura, porém ainda pouco avaliada em nosso meio. Analisamos sua progressão, preditores de sucesso e segurança clínica num período de 07 anos.

 

Métodos

Foram analisados os bancos de dados de todos os pacientes consecutivos submetidos à ICP entre janeiro de 2013 a dezembro de 2019 e submetidos a AHMD. Para a identificação dos fatores associados ao sucesso da AHMD, foram ajustados modelos de regressão logística simples e múltipla.

 

Resultados

No período foram realizadas 6645 angioplastias, entre pacientes agudos e eletivos. Dos eletivos, foram pré-avaliados ambulatorialmente 1513 pacientes com 1044 (69%) submetidos a AHMD. Em média, houve uma economia de  28 horas de internação por paciente. Utilizamos progressivamente a via de acesso radial: 65%(2013), 69%(2014), 75%(2015), 77%(2016); 77%(2017), 78%(2018),81%(2019). Com relação as taxas de complicações vasculares do síto de acesso, houve uma diminuição progressiva: 2,2%(2013),1,3%(2014),1%(2015), 0,5%(2016), 0,45%(2017), 0,3% (2018) e 0,2%(2019). Do total de ICPs (agudas e eletivas), tivemos 12 casos de pseudoanerisma (0,18%), sendo 03 relacionados a via radial. Tivemos 15 casos confirmados de trombose de stent (0,22%), todos relacionados a pacientes agudos. Dos 1044 pacientes que receberam AHMD, 18 (1,7%) retornaram ao hospital para avaliação de dor e/ou hematoma relacionados ao sítio de punção, sendo 02 confirmados com diagnóstico de pseudoaneurisma. Os preditores de sucesso da AHMD foram: via de acesso radial (OR = 5,92; IC95% 1,7320,21; p = 0,005), presença de lesões não-complexas tipo A/B1 (OR = 14,09; IC95% 1,70116,49; p = 0,01) e volume de contraste (OR = 0,76; IC95% 0,650,88; p < 0,001)

 

Conclusão

A implementação de um programa de AHMD em hospital terciário se mostrou bem segura, reduzindo significativas horas de internação, sendo seus preditores de sucesso o acesso radial, as lesões menos complexas e um volume menor de contraste.

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