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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Fatores de risco de cardiotoxicidade nos pacientes oncológicos no ambulatório de quimioterapia: contribuições para o gerenciamento do cuidado

Gomes, D.S.O., de Andrade, K.B.S.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) - Rio de janeiro - RJ - Brasil

INTRODUÇÃO: os efeitos cardiotóxicos da terapia quimioterápica estão relacionados aos fatores de risco como tempo de exposição, a concentração plasmática de medicamentos, uso de quimioterápicos associados, radioterapia mediastinal, extremos de idade, hipertensão arterial, diabetes, e à suscetibilidade genética. Esses fatores associados ou não, contribuem para o desenvolvimento da cardiotoxicidade. A cardiotoxicidade é baseada nas medidas de fração de ejeção do ventrículo esquerdo, a qual em indivíduos normais, as medidas são entre 55% ou mais, pode ser classificada em: grau I, quando ocorre redução assintomática entre 10% a 20%; grau II quando ocorre redução abaixo de 20%; grau III quando há insuficiência cardíaca sintomática (dispneia, cansaço, edema).OBJETIVOScaracterizar o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes que irão se submeter ao tratamento com terapia antineoplásica; identificar os fatores de risco mais prevalentes para o desenvolvimento de cardiotoxicidade nesta população e; discutir estratégias que possam contribuir para o gerenciamento do cuidado nesses pacientes, com foco na assistência de enfermagem segura. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizada nos ambulatórios de quimioterapia de um hospital federal, especializado em oncologia, situado no Estado do Rio de Janeiro, após aprovação através do parecer de nº 3.449.582 do Comitê de Ética e Pesquisa. A coleta de dados deu-se de forma oportunística e participaram da pesquisa usuários que iriam se submeter ao tratamento por agentes antineoplásicos venosos, a partir dos seguintes critérios de inclusão: ter idade acima de 18 anos e estar agendado para a primeira sessão de quimioterapia; ser alfabetizado ou compreender a leitura por terceiros (acompanhante e/ou pesquisador) e, assinatura ou digital no termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: os fatores de risco para cardiotoxicidade mais prevalentes foram o sexo feminino (33; 66%), idade > 60 anos (21; 42%), sedentarismo (38; 76%), IMC > 24,9 Kg/cm² (26; 52%), hipertensão (19; 38%), e uso de quimioterápicos cardiotóxicos (11; 68,75%). CONCLUSÃO: é prioritário o envolvimento do profissional enfermeiro atuando como barreira nas falhas de identificação destes problemas, podendo agregar mais qualidade para a sobrevida do paciente exposto às toxicidades cardíacas, assim como nos fatores modificáveis, bem como um checklist pré tratamento, que otimize o tratamento do paciente, evitando interrupções, com vistas à prevenção de danos para além dos trazidos pelo próprio câncer.

 

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