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COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE TAXAS DE ULTRAFILTRAÇÃO NA DISFUNÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA INTRADIALÍTICA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

Michel Silva Reis, Bruno Guio, José Albuquerque, Natália Garbeto Rodrigues
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Introdução: A disfunção autonômica cardíaca intradialítica (DACI) é um problema comum em pacientes com doença renal crônica (DRC), sendo responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade durante última hora de hemodiálise (4HD). A DACI é caracterizada por hiperatividade simpática e redução da modulação vagal que se manifesta clinicamente através da hipotensão intradialítica como consequência de altas taxas de ultrafiltração (TUF) e redução volêmica. Sendo assim, se faz necessário a formulação de estratégias que possam reduzir a incidência de eventos adversos cardiovasculares na 4HD. Objetivo: avaliar o efeito de três perfis TUF sobre a modulação autonômica cardíaca de pacientes com DRC ao logo da HD. Métodos: Foram selecionados pacientes com DRC em tratamento regular de HD e submetidos à três perfis distintos de TUF: (A) linear ou convencional; (B) platô; e (C) decrescente. Para registro da VFC, foram analisados os índices lineares, no domínio do tempo e frequência, e índices não lineares durante toda HD. Resultados: Dos 14 pacientes que completaram o estudo, 8 eram homens com idade de 48±16 anos e Índice de massa corporal de 26 ±6 kg/m2, que tinham a HAS (64,2%) como principal causa da DRC. Na 4HD foi encontrado redução significativa da relação TUF/peso seco corporal (mL/kg) do perfil C (6,92±2,79) em relação ao perfil A (9,21 ± 3,84 )(p=00,5) e B (8,64 ± 4,03) (p=0,042). Associado a esses resultados, nesse mesmo momento o perfil C demonstrou uma menor PAS e PAD em relação aos perfis B e C, além de maior prevalência de episódios de IDH (28%) e sintoma de câimbra (14,2%) quando comparado com perfil A (7,1%; 0%) e B (0%; 0%) respectivamente. O IRR no perfil A se comportou com redução significativa e progressiva ao longo das sucessivas horas de HD. Na 4HD, foram observadas aumento significativo de IRR (ms) no perfil C (785.09 ± 113,02) quando comparado com perfil A (692.79±73.74) (p=0.039) com alto tamanho do efeito (TE) (d=1,25).  Ainda no período 4HD, SD2/SD1 teve aumento significativo no perfil B (1,90±0,65 ms) em relação ao perfil A (1,22±0,23 ms) (p=0,040) com muito grande TE (d=3,40). Conclusão: Os perfis de TUF B e C apresentaram menor DACI na 4HD quando comparadas ao perfil A, que é utilizado convencionalmente na rotina dos centros de HD. Além disso, quando comparados, o perfil de TUF B demonstrou melhor resposta clínica, pois houve menor prevalência de eventos adversos relacionadas a instabilidade hemodinâmica.

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