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EFEITO DO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO NA FORÇA MUSCULAR VENTILATÓRIA, FUNÇÃO PULMONAR, CAPACIDADE FUNCIONAL E NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA

Larissa S. Corrêa, Iara Oliveira Guerin, Fernanda Leandro Adolfo, Mariéle Severo Ferreira, Sabrina Soares Gomes, Antônio Marcos Vargas da Silva, Maria Elaine Trevisan, Luis Ulisses Signori, Rodrigo Boemo Jaenisch
UFSM - Santa Maria - RS - Brasil

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de morte no mundo em ambos os sexos, sendo considerada um grave problema de saúde pública. Entre as inúmeras alternativas para o tratamento das DCV, a cirurgia cardíaca (CC) mantém-se como a opção terapêutica mais comum relacionada com a melhora da sobrevida desses indivíduos. Porém, o ato cirúrgico pode causar uma série de complicações no pós-operatório, com maiores chances de complicações pulmonares e disfunção cardíaca autonômica. Nesse contexto, o treinamento muscular inspiratório (TMI) é clinicamente relevante na reabilitação cardiovascular, com objetivo de recuperar e/ou fortalecer a musculatura inspiratória, promovendo melhora da atividade pulmonar, capacidade funcional e da modulação simpatovagal. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do TMI na força muscular ventilatória, função pulmonar, capacidade funcional e na variabilidade da frequência cardíaca de pacientes adultos submetidos à CC. Métodos: Realizou-se um ensaio clínico com 22 pacientes submetidos à CC, com média de idade 61,04±7,4, de ambos os sexos e divididos em dois grupos: o grupo controle (10), submetido à fisioterapia convencional, com alongamentos, cinesioterapia e padrões ventilatórios, sendo uma vez ao dia; e o grupo TMI (12), que realizou fisioterapia convencional somado ao protocolo de TMI. O TMI foi executado duas vezes ao dia, 3 séries de 10 repetições, carga inspiratória de 30% PImáx do pré-operatório, utilizando o equipamento Threshold® IMT. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram manovacuômetro digital MVD 300 para mensurar a PImáx e PEmáx, o microespirômetro para avaliação da função pulmonar, o teste de caminhada de 6 minutos para avaliar a capacidade funcional, e o Polar® S810i para os registros da variabilidade da frequência cardíaca. As variáveis foram comparadas pela ANOVA de duas vias para medidas repetidas seguidas de post hoc Bonferroni. O nível de significância de 5% foi considerado. Resultados: Observou-se uma maior tendência do GTMI em aumentar no 7ºPO os valores de PImáx. Em relação a função pulmonar (CVF, VEF1, VEF1/CVF) e a FC houve um aumento no 7°PO em ambos os grupos, e diminuição da distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos. Conclusões: Pacientes submetidos à CC apresentam prejuízo na força muscular ventilatória, função pulmonar, capacidade funcional e na variabilidade da frequência cardíaca. Não foi demonstrado diferença entre o GC e GTMI, entretanto, observou-se uma maior tendência de eficácia na recuperação das variáveis no grupo treinado.

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