SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

CONTRIBUIÇÃO DOS CUIDADORES PARA O AUTOCUIDADO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Almeida GSM, Wilson AMMM, Santos BCF, Melo MN, Cruz DALM
ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Introdução: A principal causa de re-hospitalização na Insuficiência Cardíaca (IC) é o autocuidado (AC) ineficaz. O cuidador informal (CI) estabelece um papel de promoção do AC, tendo isso em vista busca-se por resultados que desenvolvam intervenções que resultem no progresso das habilidades necessárias de gerenciamento e controle para essa condição crônica e progressiva. Objetivo: Avaliar a contribuição dos cuidadores para o autocuidado de pacientes com insuficiência cardíaca. Método: Estudo transversal descritivo, com amostra parcial não probabilística de 20 CIs informais de pacientes ambulatoriais em tratamento para a IC. A contribuição para o AC foi avaliado pelo instrumento Caregiver Contribution to Self-Care of Heart Failure Index (CC-SCHFI) versão brasileira. Esse instrumento apresenta três subescalas denominadas contribuição do CIs para a manutenção, manejo e confiança no AC, sendo que escores maiores ou iguais a 70 pontos em cada subescala significa contribuição adequada. Foi realizada estatística descritiva dos dados biossociais e cálculo dos escores de cada subescala do instrumento. Resultados: Os CIs apresentaram idade média de 48,6 (desvio-padrão=9,75) anos, 85,0%  eram mulheres e 80,0% haviam concluído ensino médio. O tempo médio na função de CI foi de 55,30 meses, (desvio-padrão=86,93) com dedicação diária em média de 7,89 horas (desvio-padrão=7,11). Em 90,0% dos casos, os CIs eram membros da família e 90,0% referiram que recebe algum tipo de ajuda para o cuidado do paciente com IC. As médias dos escores nas subescalas do CC-SCHFI versão brasileira, indicaram contribuição inadequada para o AC, sendo manutenção do AC: 64,50 (desvio- padrão=26,61), manejo do AC: 65,0 (desvio-padrão=31,69) e confiança do AC: 63,00 (desvio-padrão=28,11). A frequência de participantes com contribuição adequada em cada subescala do instrumento foi de 55,0% na manutenção, 60% no manejo e 45% na confiança. Conclusão: As médias dos escores obtidos nas escalas de contribuição para a manutenção, manejo e confiança no AC foram todas abaixo de 70 pontos, denotando que a contribuição dos CIs para o AC de pacientes com insuficiência cardíaca é ineficaz. Entretanto, ainda é necessário explorar os atributos relacionados ao paciente e cuidador envolvidos no processo de contribuição para o AC, bem como analisar a contribuição da díade (paciente e cuidador) em estudos futuros. 

Palavras-chaves: Insuficiência Cardíaca, Cuidador, Autocuidado

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo