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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

CAMINHADA É EXERCÍCIO FÍSICO PARA PACIENTES INFARTADOS OU COM FATORES DE RISCO? O QUE O PROTOCOLO DE BRUCE PODE NOS DIZER.

Wladimir Musetti Medeiros, De Luca FA, Feldman A, Arruda GDS, Gun C
HEART - Instituto de Cardiologia - São Paulo - SP - BR, UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, UNISA - Univers. Santo Amaro - São Paulo - SP - BR

 

 

Introdução. O exercício físico é a melhor estratégia não farmacológica para melhora da capacidade física, funcional e qualidade de vida, assim como para a redução do número de hospitalizações e da mortalidade. Contudo, diversos estudos têm demostrado a ineficiência da caminhada em reduzir a incidência de doença cardiovascular ou aumentar a capacidade física. Embora largamente incentivada, a caminhada pode não atingir intensidades de esforço suficientes para desencadear estímulos adaptativos. A prescrição da caminhada diante da possível ineficiência, principalmente em pacientes Infartados ou com fatores de risco (FR), poderia ser um fator desestimulante, além de contribuir com a cascata iatrogênica.

Objetivo. Contrastar a Frequência Cardíaca de Treino (FCT) em intensidades de 50% e 60% com os valores de FC obtidos durante os estágios de caminha do teste ergométrico (TE).

Métodos. Aprovado pelo CEP (nº 010015-16). 428 pacientes (52±10 anos) e índice de massa corpórea (IMC, 26,2±3,7kg/m2). Foram submetidos ao TE com protocolo de Bruce. Posteriormente, alocou-se os pacientes em grupos conforme a presença de infarto do miocárdio e a capacidade física (CF) segundo o Americam College Sport Medicine: G1 (FR+baixa CF); G2 (FR+moderada CF); G3 (Infartado + baixa CF); G4 (Infartado + moderada CF). Obteve-se a FCT por meio da fórmula de Karvonen com intensidades de 50% (FCT50%) e 60% (FCT60%) e comparou-se com a FC obtida no terceiro minuto do 1º estágio (2,7 km/h, 10%) e do 2º estágio (4,0 km/h, 12%) do TE. Em complemento, o trabalho e potência foram correlacionados com as FC obtidas nos respectivos estágios. Os testes de KS, Levene, t-Student e Pearson foram utilizados para a análise estatística e valores de p<0,05 foram significantes.

Resultados: Não houve diferença entre os grupos em relação a idade e ao IMC. O VO2max foi significativamente reduzido nos grupos 1 e 3. A Tabela apresenta os dados de FC obtidos no TE e a FCT50% e FCT60%. Note os valores significativamente inferiores as intensidades de 50%(*) e 60%(#).

Conclusão. A intensidade de esforço obtida por meio da caminhada leve (1º estágio) mostrou-se ineficaz para pacientes com fatores de risco independente da capacidade física e para infartados com moderada CF. Tal comportamento implica na necessidade de adequação das medidas reabilitadoras visando a restauração dos mecanismos de resistência central e periférica a fadiga.

 

 

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