Introdução: O tabagismo é uma doença reconhecida pela dependência de nicotina e tem relação com diversas enfermidades. Representa grave problema de saúde pública que afeta a saúde e a vida cotidiana da população mundial. O Assistente Social, enquanto profissional que compõe a equipe multiprofissional busca compreender os aspectos socioeconômicos e culturais que possam interferir no processo saúde-doença, buscando estratégias de enfrentamento para tais situações. Objetivo: (1) Identificar os motivos pelos quais os pacientes cardiopatas fumantes, segundo gênero, internados nas Unidades de Internação do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (INCOR HC/FMUSP) fazem o uso tabaco e (2) caracterizar o contexto social desses pacientes por meio da construção do perfil sociodemográfico. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de cunho quantitativo, realizado com 100 pacientes acompanhados em hospital de cardiologia terciário do município de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram: questionário com perfil sociodemográfico, classificação socioeconômica e instrumento a Escala de Razões Para Fumar Modificada (ERPFM). Resultados: Dos entrevistados, houve predomínio da cor/raça autodeclarada branca, média de idade de 60 anos, católicos, casados, grande parte é procedente de outras cidades, considerando apenas a região de moradia do município de São Paulo o predomínio foram pacientes vindos da zona Sul, ensino fundamental incompleto , com renda individual e familiar de 1 a 3 salários mínimos. A maioria possui condição de moradia própria, infraestrutura total e não possui convênio médico. Conclusão: Observou-se ao analisar os resultados da ERPFM que os domínios, os mais relevantes foram Prazer de Fumar, Dependência, Relaxamento/Redução da Tensão. A baixa escolaridade foi prevalente entre os pacientes tabagistas, houve diferença em relação ao perfil sociodemográfico, na variável ocupação de trabalho e renda individual , os dados demonstram que as mulheres estão menos inseridas no mercado de trabalho e a renda individual é inferior em relação a renda dos homens.
