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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Treinamento físico resistido melhora a modulação autonômica cardiovascular em um modelo experimental de doença de Parkinson

Santos, M. A., Lima, H. D. S., Borges, M. M., Fernandes, L. P., Juocys, N., Moraes, O. A., Caperuto, E. C., Irigoyen, M. C., Sanches, I. C., Scapini, K. B.
Universidade São Judas Tadeu - São Paulo - São Paulo - Brasil

INTRODUÇÃO:  O treinamento físico pode ser uma estratégia não farmacológica importante para melhorar a modulação autonômica cardiovascular e, consequentemente, diminuir a morbimortalidade cardiovascular na Doença de Parkinson (DPK). Desta forma, este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos do treinamento físico resistido nos parâmetros hemodinâmicos e na função autonômica cardiovascular em um modelo experimental de DPK. MÉTODOS: 26 ratos Wistar foram divididos em 3 grupos: controle (C, n=6), Parkinson sedentário (PKS, n=10) e Parkinson treinado (PKTR, n=10). A DPK foi induzida por injeção intraperitoneal de Paraquat (10mg/kg, 1x/semana, por 8 semanas). O treinamento resistido foi realizado em escada vertical (40-60% da carga obtida no teste de carga máxima, 5x/semana, por 8 semanas). Ao final do protocolo os animais foram canulados para registro direto da pressão arterial para posterior análise da modulação autonômica cardiovascular e da sensibilidade barorreflexa espontânea por meio do índice alfa. Os dados são apresentados como média e erro padrão e analisados através de ANOVA one way seguidos de post hoc de Tukey. RESULTADOS: Não houve diferença nos parâmetros hemodinâmicos entre os grupos. Em relação a variabilidade da frequencia cardíaca (VFC) no dompinio do tempo, o desvio padrão do intervalo de pulso foi menor no grupo PKS comparado ao C e ao PKTR (PKS: 6,81 ± 0,63 vs. C: 9,69 ± 1,00 e PKTR: 9,79 ± 0,55 ms) e o RMSSD, um índice representativo da modulação vagal, foi maior no PKTR do que no PKS (PKTR: 9,34 ± 0,77 vs. PKS: 6,30 ± 0,56; C: 7,96 ± 0,78 ms). O componente de alta frequência da VFC, representativo da modulação vagal, foi menor no grupo PKS comparado ao C e ao PKTR (PKS: 10,02 ± 1,64 vs. C: 22,78 ± 4,81 e PKTR: 23,20 ± 2,53 ms2). Similarmente o componente de baixa frequência, representativo da modulação simpática cardíaca foi menor no grupo PKS comparado ao C e ao PKTR (PKS: 3,42 ± 0,80 vs. C: 10,49 ± 1,24 e PKTR: 10,92 ± 2,17 ms²). Não foi observada diferença entre os grupos no balanço simpatovagal, na variabilidade da pressão arterial e no componente de baixa frequência da pressão. O barorreflexo espontâneo foi menor no grupo PKS comparado ao C e ao PKTR (PKS: 0,81 ± 0,17 vs. C: 1,96 ± 0,24 e PKTR: 1,66 ± 0,27 ms/mmHg). Conclusão: A indução da DPK pelo Paraquat promoveu disfunção autonômica cardiovascular, evidenciada principalmente pela diminuição da VFC, redução da modulação simpática cardíaca e prejuízo do barorreflexo, enquanto o treinamento físico resistido foi capaz de normalizar esses parâmetros.

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