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Eficácia Clínica a Longo Prazo da Sonotrombólise em Infarto do Miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST Tratado com Intervenção Coronária Percutânea Primária

Luciene Ferreira Azevedo, Sergio Barros-Gomes, Miguel O.D. Aguiar, Bruno G. Tavares, Henrique B. Ribeiro, Alexandre Soeiro, Carlos E. Rochitte, Roberto Kalil Filho, Jeane M. Tsutsui, Wilson Mathias, Jr
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A sonotrombólise adicionada à intervenção coronária percutânea (ICP) melhora as taxas de recanalização e reduz o tamanho do infarto, resultando em melhorias na função sistólica após infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Entretanto, sua eficácia clínica a longo prazo é desconhecida.

 

Objetivo: Nós testamos o efeito da sonotrombólise na função sistólica (FEVE) ao longo do período de 36 meses após IAMCSST.

 

Método:  Pacientes com seu primeiro IAMCSST foram prospectivamente randomizados para impulsos de alto índice mecânico (IM) guiados por ultrassom diagnóstico durante uma infusão intravenosa com Definity prévia e, posteriormente, ICP emergente ou para um grupo controle que recebeu apenas ICP.  Ecocardiograma foi realizado no seguimento de baseline (pré-angiografia), 6 e 36 meses.

 

Resultados: Entre os 100 pacientes randomizados (IM/ICP vs. ICP somente), 51 pacientes tiveram o seguimento ecocardiográfico completo (idade 62±9 anos, 68% homens). Os pacientes que foram revascularizados, ao óbito, ou tiveram seguimento incompleto foram excluídos (n = 49). A recanalização angiográfica foi de 75% em IM/ICP vs. 25% na ICP (P=.03). Não houve diferença em termos de comorbidades, localização do infarto do miocárdio, vaso culpado, fatores de risco cardiovasculares, FEVE, volume diastólico final do ventrículo esquerdo (VDFVE), e volume sistólico final (VSFVE) entre os dois grupos no baseline (P >.05). Durante o seguimento de 36 meses (mediana [IQR], 29 meses [18-48]), houve uma redução dos volumes ventriculares e um aumento da FEVE (P <.05) (Tabela). O VSFVE (média [SD], 54.1 mL [30.6] IM/ICP vs. 72.7 mL [36.4] ICP; P=.02; e média [SD], 46.9 mL [20.2] IM/ICP vs. 58.2 mL [21.3] ICP; P=.04) e VDFVE (média [SD], 112.8 mL [45.7] IM/ICP vs. 130.6 mL [39.6] ICP; P=.13; e média [SD], 98.9 mL [33.0] IM/ICP vs. 117.7 mL [35.3] ICP; P=.04) foram menores, assim como a FEVE foi maior (média [SD], 53.8 % [10.8] IM/ICP vs. 48.2% [11.1] ICP; P=.07; e média [SD], 53.2 % [8.2] IM/ICP vs. 49.4% [7.1] ICP; P=.08) no grupo IM/ICP em comparação ao grupo ICP, em 6 meses e 36 meses, respectivamente.

 

Conclusão: A sonotrombólise adicionada à ICP melhora função sistólica e reduz o remodelamento ventricular a longo após IAMCSST. 

 

 

 

Baseline

6 meses 

36 meses

Valor P*

Valor P+

VDFVE, mL

108.237.1

121.243.2

107.735.1

.01

.92

VSFVE, mL

62.729.7

62.834.4

  52.221.3

.96

.005

FEVE, %

44.29.3

51.111.2

51.47.9

<.001

<.001

  * Baseline vs. 6 meses   +Baseline vs. 36 meses 

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