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Reversão de remodelamento ventricular esquerdo e disfunção ventricular após correção de valvopatia - sempre há esperança para o valvopata.

FERNANDES, NATALIE, Felipe Augusto de Medeiros Cabral, Fernanda Bragagnolo remor, Thiago Dias de Queiroz, Ernaque Viana Malta , Victor Rueda, Guilherme Sobreira Spina, Flávio Tarasoutchi
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Reversão de remodelamento ventricular esquerdo e disfunção ventricular após correção de valvopatia - sempre há esperança para o valvopata.

 

INTRODUÇÃO: Em valvopatas com diâmetros ventriculares extremos e disfunção ventricular esquerda há sempre dúvida se a abordagem da valvopatia irá trazer alguma melhora anatômica e/ou funcional. A recuperação da geometria e da função ventricular pode ser alcançada pela resolução da doença de base, bloqueio neuro-hormonal ou ressincronização mecânica. Em valvopatas com diâmetros ventriculares extremos, é comum a percepção de que a intervenção é fútil.

MÉTODOS: Trata-se de relato de caso clínico englobando o seguimento longitudinal de paciente com valvopatia aortica, diâmetros ventriculares esquerdos extremos e disfunção ventricular esquerda, submetido a correção cirúrgica .

RELATO:  Paciente CD, masculino, iniciou seguimento em 2010 (49 anos) por achado de sopro cardíaco. Iniciou sintomas dois anos depois, mas recusou cirurgia. Internou um ano após (2013) pelo pronto-socorro em ICC classe funcional IV. Propedêutica compatível com DLAo importante (I>E), com Eco-TT condizente (IAo importante + Gméd 19mmHg, VE 82x69mm, FEVE 32%). CATE sem lesões obstrutivas. Angio-TC de aorta torácica evidenciou valva aórtica bicúspide, além da existência de aneurisma de aorta torácica (5.2x5.1cm). Na ocasião, submetido a cirurgia de Bentall de Bono (tubo valvulado n29), sem intercorrências. Em seguimento clínico pós-alta, mantendo classe funcional I. Seguimento ecocardiográfico evidenciou marcante remodelamento reverso do VE, com redução exponencial dos diâmetros da cavidade, assim como melhora da fração de ejeção. Atualmente, paciente com PMAo normofuncionante, com diâmetros ventriculares esquerdos de 50 x 33mm e FEVE de 63% (gráfico anexo)

DISCUSSÃO: Ao nos depararmos com valvopatas aórticos com disfunção ventricular esquerda e diâmetros ventriculares esquerdos extremamente dilatados há a impressão de que é tarde demais para a intervenção cirúrgica e que qualquer intervenção que não seja o transplante cardíaco é fútil. Através deste paciente queremos ilustrar um resultado semelhante a um transplante cardíaco, com recuperação completa dos diâmetros e função ventricular esquerda apenas com o tratamento cirúrgico da valva aórtica. Assim, nunca devemos desistir do valvopata - a correção do defeito anatômico gerador da sobrecarga de volume e/ou pressão pode levar a uma dramática melhora anatômica e funcional do paciente.

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