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Teste de Morisky-Green na avaliação da adesão terapêutica no tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica em pacientes de uma Unidade de Saúde da Família

OLIVEIRA, L. C. M., NÓBREGA FILHO, M. M. S, ESTRELA, R. M. F., CALADO, V. C., SOARES, J. D., CAVALCANTI, B. M., CARVALHO, J. L. P., VIVIANI, H., SOUSA, A. F. M., NASCIMENTO, M. M.
Centro Universitário de João Pessoa - João Pessoa - Paraíba - Brasil

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica, assintomática e frequentemente necessita de uma associação medicamentosa para uma terapêutica eficaz. As baixas taxas de adesão ao tratamento é um dos principais empecilhos para conseguir êxito no controle terapêutico, elevando assim o risco de lesões em órgãos-alvo e de eventos cardiovasculares fatais.

Métodos: A pesquisa foi descritiva, de caráter transversal e natureza quantitativa em 100 pacientes idosos, que segundo o Art.1º do Estatuto do Idoso, são indivíduos com idade maior ou igual a 60 anos. A amostra foi coletada em indivíduos atendidos em uma Unidade de Saúde da Família em João Pessoa-PB nos meses de abril a maio de 2019. Foram avaliados quanto a prevalência de hipertensão, o fato de estarem dentro das metas pressóricas estabelecidas pela 7° Diretriz de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia e a adesão ao tratamento a partir da aplicação do teste de Morisky-Green (TMG) que é um questionário genérico com objetivo de observar o uso inadequado do medicamento a partir do esquecimento, falta de cuidado ou interrupção quando se sente melhor e/ou pior.

Resultados: O estudo avaliou 100 pacientes e verificou que 77 eram hipertensos e 23 eram não hipertensos. No grupo dos hipertensos, foi observado que 70,12% (n = 54) dos pacientes estavam fora das metas pressóricas. Em relação à adesão segundo o TMG, 65% eram não aderentes. Os maiores percentuais de atitude positiva em relação à não adesão foram para “Você alguma vez se esqueceu de tomar o remédio?” (42,59%; n = 23) e “Você às vezes é descuidado para tomar seu remédio?” (16,66%; n = 9), contudo dos 23 que já se esqueceram de tomar a medicação, 14 não se consideravam descuidado, sendo, portanto, controverso.

Conclusão: Sendo assim, é notório observar que o esquecimento tem um grande impacto na não adesão à terapêutica. Tal fato deve-se, na maioria dos casos, a falta de esclarecimento acerca dos riscos frente a uma pressão arterial não controlada. Portanto, torna-se imprescindível, atuar fortemente na propagação de orientações sobre esses malefícios, além de recomendar o uso de aplicativos que emitam lembretes diários recordando a tomada da medicação almejando assim maiores taxas de adesão e evitando eventos cardiovasculares futuros que trazem elevados gastos para o Estado.

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