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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MiRNAs reguladores da sinalização de mTOR como moduladores da hipertrofia cardíaca no treinamento aeróbio de alto volume.

Bruno R. A. Pelozin, Úrsula P. R. Soci, Edilamar M. de Oliveira, Tiago Fernandes
USP - Escola de Educação Física e Esporte - São Paulo - SP - Brasil

O treinamento físico (TF) aeróbio promove adaptações cardiovasculares, dentre as quais se destaca a hipertrofia cardíaca (HC) fisiológica, também conhecida como "coração de atleta". Sessões de TF de alto volume são comumente utilizadas para melhorar o desempenho aeróbio em atletas; entretanto, os mecanismos moleculares envolvidos na HC do atleta são desconhecidos. Portanto, o objetivo deste estudo foi elucidar os mecanismos moleculares envolvidos na HC fisiológica induzida pelo TF aeróbio de alto volume. Ratas Wistar (180-220g, n = 21), com oito semanas de idade, foram divididas em três grupos: Controle Sedentário (CS); TF de natação Protocolo 1 (P1), sessões de TF com 60 min, 1x/dia, 5x/semana, por 10 semanas com 5% de sobrecarga corporal; TF de natação Protocolo 2 (P2), sessões de TF igual a P1 até 8ª semana, 9ª semana com TF realizado 2x/dia e 10ª semana com TF realizado 3x/dia. Após 10 semanas de TF foram avaliados: medidas hemodinâmicas, teste de tolerância ao esforço físico, VO2, marcadores moleculares de HC patológica, medida da HC, ecocardiograma, análises de expressão gênica e de miRNAs por PCR em tempo real e expressão proteica por western blot. Houve redução significativa na frequência cardíaca em P1 de 9% e 12% em P2 comparado com CS. A velocidade máxima alcançada pelos animais aumentou 29% no P1 e 50% para P2 comparado ao CS. O VO2 pico aumentou 29% no P1 e 34% no P2 comparado ao CS. A HC avaliada pelo peso do ventrículo esquerdo corrigido pelo peso corporal, mostrou aumento no P1 de 14% e 28% no P2 comparado ao CS, com maior magnitude em P2 comparado a P1. Os resultados da HC foram confirmados pelo ecocardiograma. A HC não alterou a expressão de genes fetais. Observou-se aumento de 50% e 48% no miRNA-26a, para P1 e P2 comparado ao CS. Diferentemente o miRNA-16 foi reduzido no P1 em 31% e 63% no P2, comparado ao CS, com uma redução mais acentuada em P2 comparada ao P1. Nos genes, observou-se um aumento de 63% na mTOR no P2 em relação ao CS. A razão proteína fosforilada/total apresentou aumento da AKT em 77% no P1 e 130% no P2 comparado ao CS. Redução na GSK3β de 22% no P1 e 20% no P2 comparado ao CS. A mTOR aumentou 65% no P1 e 75% no P2 comparado ao CS. A p70SK6 aumentou 30% no P2 comparado ao CS. Aumento na 4EBP1de 30% no P2 em comparação ao CS. Os resultados mostram que o TF reduziu o miRNA-16 aumentando a expressão dos genes alvos AKT, mTOR e p70S6k e aumentou o miRNA-26a reduzindo a expressão do gene alvo GSK3β podendo controlar a HC fisiológica acompanhada de maior desempenho aeróbico em volumes maiores de TF como no coração de atleta.

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