INTRODUÇÃO: Os índices da Potência Circulatória (PC) e Potência Ventilatória (PV) têm sido utilizados para avaliação clínica de diversas populações. Estudos prévios têm observado que respostas baixas das PC e PV prevê um pior prognóstico para doenças cardíacas. Diante disso, a proposta do presente estudo foi testar a hipótese de que os índices da PC e PV estão significativamente reduzidos em pacientes com síndrome metabólica quando comparados aos valores de sujeitos saudáveis (Grupo Controle). MÉTODOS: Foram avaliados 277 indivíduos (58,3 ± 2.8 anos) do sexo feminino, divididos em dois grupos, Grupo 1 – Síndrome Metabólica (n =210) e Grupo 2 – Grupo Controle (n = 67), todos os pacientes realizaram o teste ergoespirométrico, que consiste na execução de exercício graduado com análise direta dos gases respiratórios e análise eletrocardiograma de esforço. VE/VCO2 slope foi obtido através de uma regressão linear. PC = VO2pico x PASpico; e PV = PASpico / VE/VCO2slope). RESULTADOS: O Grupo 1 apresentou valores significativamente menores das seguintes variáveis no pico do exercício: VO2 (p < 0,003), Frequência Cardíaca (p < 0,002), Pressão Arterial Sistólica (p < 0,003), PC (p < 0,001) e PV (p < 0,001), e valor significativamente maior VE/VCO2 slope (p < 0,001) em relação ao Grupo 2. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Uma análise de regressão pelo método stepwise mostrou que as variáveis PC e PV foram influenciadas pelos grupos (R2 = 0,43, p < 0,003) e a PV (efeito de interação: R2 = 0,45, p < 0,001). CONCLUSÃO: Os índices da PC e PV foram menores em mulheres com síndrome metabólica comparados ao grupo controle, podendo dessa forma ser utilizados na caracterização dessa população.
