Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis têm sido consideradas um grave problema de saúde pública com elevado desfecho de morbimortalidade além de apresentar um alto índice de disfunções cardiorespiratórias.Testes funcionais como o Teste de Sentar e Levantar podem ser relacionado com desfechos de eventos cardiovasculares.De modo equivalente a força muscular respiratória e tolerância ao exercício podem determinar abordagens de prevenção e intervenções relacionadas a melhoria funcional.Conhecer o padrão funcional de pacientes na atenção primária pode contribuir para tomada de decisões clínicas do fisioterapeuta a fim de determinar sua conduta.Objetivos: Descrever o comportamento das variáveis observadas em indivíduos atendidos nas unidades básicas de saúde de uma cidade do Rio de Janeiro.Materiais e Métodos: Estudo epidemiológico transversal com 630 pacientes de ambos os sexos, idade ≥45 anos em uma única visita.Foram avaliados o (IMC), número de degraus subidos através do teste do degrau de 2 min, a força muscular respiratória através da manovacuometria e o Teste de Sentar e Levantar.Os dados foram analisados através do software SPSS, versão 21.0(Chicago, Illinois, EUA) com Correlação de Pearson e teste T-Student. As variáveis categóricas foram expressas como números absolutos e/ou porcentagens.Resultados:Dos 630 pacientes convidados para o estudo, foram incluídos 143 individuos, 89 mulheres (62,24%), 64±7 e IMC de 29±6 p<0,001. No TD2min, a subida pelos homens foi de 38±11 degraus e entre as mulheres 33±11, com p<0,002 e 0,439 respectivamente. A força muscular inspiratória (Pimax) em relação aos homens (83±28 VS 59,9±23 cmh2o) para mulheres.No TSL, 19 indivíduos não completaram o teste por limitação e ou incapacidade funcional, representando 13,28%.Houve uma significante e modesta correlação entre a PImax e a média dos apoios no TSL (p<0,0001), ou seja, a quantidade de apoios utilizados para completar o teste está correlacionado com o desempenho dos indivíduos e entre os que conseguiram realizar o teste tinha uma maior força muscular respiratória.CONCLUSÃO:Quanto menor a força respiratória pior o desempenho no TD2min com piora na capacidade funcional e necessidade de uso de mais apoios para realizar TSL e piora da força periférica.Os resultados sugerem que o TD2min e o TSL seriam complementares na avaliação do padrão funcional de indivíduos com risco cardiovascular, sendo de grande valia para utilização na atenção primária por tratar-se de um método simples, de fácil aplicabilidade e que requer pouco espaço.