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QUALIDADE DA IMAGEM DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA DE 1,5 TESLA COM AQUISIÇÕES CONVENCIONAIS EM PORTADORES DE CARDIOVERSOR DESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL

Veridiana Silva de Andrade, Martino Martinelli Filho, Carlos Eduardo Rochitte, Ariane Binoti Pacheco, Bernardo Baptista da Cunha Lopes, Sérgio Freitas de Siqueira, Aline Loriene Souza, Silvana Angelina D´Orio Nishioka
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A imagem apurada da ressonância magnética cardíaca (RMC) é ferrramenta diagnóstica e terapêutica essencial para pacientes com cardiomiopatia e cardiodesfibrilador implantável (CDI). Nestes, o uso indiscriminado da RMC, atualmente, é limitado aos dispositivos condicionais e, tem sido muito questionado pelas dificuldades de interpretação dos achados. O objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade e a capacidade diagnóstica da RMC em portadores de CDI condicional.

Método: avaliamos 22 pacientes que realizaram 2 exames de RMC, antes-(RMC1) e após implante de CDI (RMC2). Esta seguiu protocolo de segurança  e de múltiplas sequências de pulsos, incluindo técnicas da rotina clínica de avaliação de função ventricular, anatomia e análise tecidual. A qualidade da imagem de RMC foi avaliada por 3 radiologistas e a classificada por escore, de 1(pior) a 5 (melhor), considerando a capacidade diagnóstica e a presença de artefatos. As imagens de ventrículo esquerdo (VE), adquiridas em múltiplos cortes, foram analisadas conforme segmentação da American Heart Association, totalizando 1.837 segmentos.

 

Resultado: a RMC1 obteve escores elevados (m = 4,7±0,5 para Cine SSFP e 4,8±0,6 para realce tardio - RT) com 100% de diagnóstico. Todos os exames de RMC2 foram afetados por artefatos de suscetibilidade, principalmente nas paredes anterior e lateral do VE. O escore segmentar médio e as respectivas taxas de capacidade diagnóstica foram: 3,1 (82,3%) para o Cine SSFP; 1,74 (27,8%) para o RT e 2,1 (30,4%) para perfusão miocárdica (PM). Também analisamos 88 imagens em corte único cujas taxas de capacidade diagnóstica foram de 0% para o mapa T1; 77,3% para FSE triple anatômico e double IR; 68,2% para mapa de fluxo e 9,0% para FSE triple edema. Analisando separadamente imagens diagnósticas, o escore segmentar médio e a proporção de imagens diagnósticas foi: 3,4±0,6 (307/373) para Cine SSFP; 4,0±0,8 (96/364) para RT; 4,2±0,8 (107/352) para PM. Os testes funcionais do CDI realizados antes e após a RMC2 e, no seguimento de 3 meses não demonstraram alterações significativas. Encontramos correlações entre altura do paciente, vetores cardíacos e diâmetros ventriculares com a qualidade da imagem.

Conclusão: Em pacientes com CDI condicional, a qualidade e a capacidade diagnóstica das imagens de RMC são comprometidas por artefatos de suscetibilidade. Em particular, o RT, uma das seqüências mais importantes para a abordagem de cardiomiopatias, monstrou taxa diagnóstica reduzida, sugerindo a necessidade de novas estratégias na detecção de fibrose / lesão do miocárdio por RMC. 

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