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Aortite Sifilítica Manifestando-se Como Infarto Agudo do Miocárdio: Relato de Caso

Vinícius Pereira Chaves, Mauricio de Nassau Machado, Felipe Augusto de Paiva Dias, Natasha Casteli Bonfim, Leticia Pereira Chaves, Yasmine Natasha Syguedomi Kobayase
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecciosa bacteriana causada pelo Treponema pallidum etransmitida principalmente por via sexual. Sua forma terciária é responsável por lesões cardiovasculares sendo a mais comum a aortite, que pode comprometer os óstios coronários.

DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 59 anos, encaminhado de outro serviço devido infarto agudo do miocárdio sem supradesnível do segmento ST para realização de angiografia coronária. O exame mostrou suboclusão do óstio da coronária esquerda e lesão grave no óstio da coronária direita, sem lesões sugestivas de aterosclerose nos demais leitos coronários. Devido as características angiográficas das lesões, sorologias para sífilis foram solicitadas e retornaram positivas (VDRL – 1:128 / FTA-ABS – reagente). O paciente foi tratado com penicilina cristalina devido FTA-ABS reagente também no liquor. Enquanto aguardava cirurgia evoluiu com dor precordial, infradesnível do segmento ST em toda parede anterior (com supradesnível em derivação aVR) e choque cardiogênico sendo submetido a revascularização do miocárdio de emergência com enxerto de artéria torácica interna para 1º ramo diagonal e enxerto de safena para coronária direita. Apresentou parada cardiorrespiratória em atividade elétrica sem pulso logo após esternorrafia revertida após reabertura do tórax, massagem cardíaca interna e uma dose de adrenalina intravenosa. Biópsia da aorta mostrou aortite crônica leve com fibrose. Paciente evoluiu com disfunção ventricular esquerda importante e insuficiência cardíaca de difícil controle no pós-operatório sendo avaliado com ecocardiograma de stress (dobutamina) e ressonância magnética do coração que demonstraram viabilidade e isquemia em paredes apical, anterior e septal do ventrículo esquerdo. Realizado intervenção coronária percutânea com Stent no tronco da coronária esquerda com sucesso primário com melhora clínica e hemodinâmica do paciente. Recebeu alta hospitalar após conclusão do tratamento antibiótico.

CONCLUSÕES: Apesar de rara, a aortite sifilítica pode causar síndrome coronária aguda e deve ser pensada como hipótese diagnóstica a depender das características clínicas e imagens angiográficas do paciente.

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