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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Influência da aptidão cardiorrespiratória sobre a transferência de colesterol para HDL em jovens

Pedro Gabriel Senger Braga, Thauany Martins Tavoni, Roberta Vanalli Baroni, Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves, Carlos Eduardo Negrão, Raul Cavalcante Maranhão
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A prática regular de exercício físico promove o aumento dos níveis séricos de HDL-C. No entanto, o HDL-C reflete apenas parcialmente a proteção anti-aterosclerose fornecida por essa lipoproteína. Assim, a avaliação de aspectos metabólicos e funcionais da HDL é importante para o entendimento mais amplo do envolvimento da HDL na doença cardiovascular aterosclerótica. A transferência de colesterol para HDL é um processo fundamental para a função e metabolismo desta lipoproteína que interfere diretamente no transporte reverso do colesterol. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é verificar se a aptidão cardiorrespiratória altera a transferência de colesterol para a HDL em jovens fisicamente ativos.

Métodos: Foram avaliados 21 jovens fisicamente ativos (28±4 anos, 11 homens), que praticavam exercício físico há pelo menos um ano, e 21 jovens sedentários (25±4 anos, 8 homens). Os participantes responderam o questionário IPAQ versão curta para alocação nos grupos e foram submetidos ao teste ergoespirométrico para a identificação do pico de consumo máximo de oxigênio (VO2pico). Foram utilizados os testes com valores do Quociente Respiratório de pico ≥1.1. Foi determinado perfil lipídico, apolipoproteínas (apo), atividade da paraoxonase 1 (PON1), diâmetro da HDL e transferência de colesterol para HDL. A transferência de colesterol para HDL foi realizada incubando o plasma dos pacientes com uma nanopartícula semelhante a lipoproteína contendo colesterol livre (CL) e colesterol esterificado (CE) marcados radioativamente, seguido pela precipitação química e contagem radioativa.

Resultados: Como esperado, o VO2pico foi maior no grupo dos fisicamente ativos (p<0,0001). Não houve diferença no IMC, circunferência abdominal, relação cintura-quadril, LDL-C, Não-HDL-C, triglicérides e apo B entre os grupos. Os jovens fisicamente ativos tiveram maiores concentrações de HDL-C (p=0,0025) e Apo A-I (p=0,0008). A capacidade da HDL de receber CE (p<0,0001) e CL (p<0,0001) foi maior no grupo dos jovens fisicamente ativos. Não houve diferença na atividade da PON1 e no diâmetro da HDL.

Conclusão: Em jovens fisicamente ativos a HDL recebe maior porcentagem de CE e CL das outras lipoproteínas do que os jovens sedentários, o que, conforme trabalhos anteriores, determina melhor proteção anti-aterosclerose por esta lipoproteína.

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