Introdução: Apesar da demonstração prévia de redução da agregabilidade plaquetária (AP) em indivíduos saudáveis submetidos a treinamento físico (TF), o papel do exercício sobre a AP em pacientes de alto risco em uso de antiplaquetários é desconhecido. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do TF supervisionado sobre a AP e a resistência aos antiplaquetários (RAP) inibidores do receptor P2Y12 em pacientes pós-infarto agudo do miocárdio (IAM).Métodos: Sessenta e dois pacientes previamente sedentários (idade média de 59,2 ± 9,9 anos; 74,2% homens) 30 ± 5 dias após IAM não complicado foram randomizados para um programa de 36 sessões de EF supervisionado ou para um grupo controle. Todos receberam orientações sobre estilo de vida saudável e estavam em uso de aspirina associada ao clopidogrel (n = 58) ou ticagrelor (n = 4). As amostras de sangue para AP foram coletadas no início (visita 1) e após 14±2 semanas (visita 2). A AP foi analisada pelo Multiplate-ADP (MPADP) medido em área sob a curva (AUC). A RAP foi definida como MPADP≥ 46 AUC. Resultados: Não houve diferenças no MPADP (p = 0,30) e na RAP (p = 0,26) na visita 1. Após o seguimento, não houve redução significativa na AP (figura 1A), porém houve redução na taxa de RAP (figura 1B). Conclusão: Em pacientes pós-infarto a realização de treinamento físico por 14±2 semanas parece reduzir a agregabilidade plaquetária pelo MPADP.