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Panorama dos procedimentos de tratamento de endocardite infecciosa em prótese valvar e em válvula nativa no estado do Rio de Janeiro em uma década

Isabela Santos Moraes, Sara Cristine Marques dos Santos, Gisela Santos Moraes, Ivana Picone Borges
Universidade Veiga de Almeida - Rio de Janeiro - RJ - Brasil, Universidade de Vassouras - vassouras - RJ - Brasil

Introdução: Os procedimentos cirúrgicos ou as infecções da cavidade oral podem ser responsáveis pela endocardite infecciosa (EI) em valvas cardíacas através da bacteremia ocasionada pelo biofilme bactériano presente nos dentes e mucosa. As consequências incluem desde lesões valvares, a cardiopatia valvar, e até óbito. Objetivo: Analisar o atual panorama de procedimentos de tratamento de EI em prótese valvar e em válvula nativa realizados no estado do Rio de Janeiro por 10 anos. Métodos: Realizou-se uma revisão da literatura e coleta observacional, descritiva e transversal dos dados disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) pelo período de dez anos – dezembro de 2008 a dezembro de 2018. Resultados: No período analisado observaram-se 1.067 internações para tratamento de EI em prótese valvar e em válvula nativa, representando um gasto total de R$ 3.676.887,49. No ano de 2013 houve o maior número de internações (122), já 2014, foi o ano de maior gasto do período (R$ 491.616,38). Do total de procedimentos, 311 foram realizados em caráter eletivo e 756 em caráter de urgência, todos os 1.067 casos foram considerados de média complexidade. A taxa de mortalidade total nos 10 anos estudados foi de 20,90 correspondendo a 223 óbitos. A maior taxa de mortalidade (32) ocorreu em 2011, enquanto em 2017 apresentou a menor taxa (16), esta taxa, tanto nos procedimentos eletivos, quanto de urgência, foi de 20,90. A média de permanência total de internação foi de 27 dias. O município com maior número de internações foi a capital, Rio de Janeiro com 586, seguido do município Campos dos Goytacases com 56, e, por último, os municípios Cantagalo, Carmo, Conceição de Macabu, Guapimirim, Itatiaia, Magé, Nilópolis, Paracambi, Pinheiral, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, todos com 1 internação. Entre as regiões de saúde, a região Metropolitana II concentrou a maior parte das internações (614). A região Serrana apresentou a maior taxa de mortalidade (27,06), seguida pela região Baixada litorânea (25). E a região Metropolitana II apresentou a menor taxa (7,02). Conclusões: Na endocardite infecciosa se observa uma alta taxa de mortalidade e prevalência de atendimento em caráter de urgência. Possui período extenso de internação, aumentando gastos públicos e interferindo na rotina do paciente. É necessário um maior investimento em conscientização da saúde bucal na prevenção primária da EI aliada a uma maior disseminação das diretrizes de antibioticoterapia profilática.

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