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FÍSTULA CORONÁRIO-CAVITÁRIA ENTRE ARTÉRIA DESCENDENTE ANTERIOR E VENTRÍCULO ESQUERDO PÓS INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA: RELATO DE CASO

REIS, MFA, TEODORO, JVT, PORTO, J, PEREIRA, AMB, ÁVILA, ANM, MELO, VHM, FUSCO, AS, OLIVEIRA, FR, CARDOSO, GL, MARTINO, F
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UBERABA - MG - BRASIL

INTRODUÇÃO: A perfuração coronariana é uma complicação rara, com incidência de 0,1% à 0,84% nos procedimentos de angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA), sendo classificadas em tipo I (orifício extraluminal, sem extravasamento de contraste), tipo II (blush pericárdico ou miocárdico sem extravasamento de jato de contraste), tipo III (orifício≥ 1mm com extravasamento de jato de contraste) e tipo IV (orifício drenando para câmara cardíaca ou seio coronário). Neste caso é reportada uma perfuração coronariana tipo IV, com fístula entre a artéria descendente anterior (ADA) e o ventrículo esquerdo. 

RELATO DO CASO: Paciente masculino, 61 anos, branco, hipertenso, dislipidêmico, tabagista, com histórico familiar de cardiopatia isquêmica. Admitido no pronto atendimento de um hospital de clínicas, no dia 08.09.2019, com quadro de infarto agudo do miocárdio de parede anterior extensa, Killip I. Foi submetido a cinecoronariografia de urgência que evidenciou lesão obstrutiva de 100% no terço proximal da ADA, com trombo, e lesão obstrutiva de 80% no terço médio da ADA. Foi realizada PTCA com balão 2x15mm, seguido o implante de 1 stent bare metal stent (BMS) 4x18mm no terço proximal de ADA e de 1 stent BMS 3x35mm no terço médio da ADA. O paciente recebeu alta hospitalar em 15.09.2019. Porém, retornou ao pronto atendimento em 08.10.2019, queixando-se de dor torácica. Foi submetido a nova cinecoronariografia que evidenciou presença de perfuração coronariana, tipo IV, na transição entre terço médio e distal da ADA, com drenagem para o ventrículo esquerdo. Foi optado pelo fechamento da fístula com stent revestido de politetrafluoretileno (SRP). Assim, no dia 15.01.2020, foi realizada, eletivamente, angioplastia com implante do referido stent, com sucesso, com oclusão total da fístula e sem intercorrências. O paciente evoluiu bem, recebendo alta hospitalar em 19.01.2020. DISCUSSÃO: Apesar de baixa incidência, as fístulas coronarianas decorrentes de intervenção coronariana percutânea determinam risco considerável de oclusão arterial, infarto agudo do miocárdio e morte. O tamanho da fístula, a intensidade do shunt, o fluxo da artéria coronária distal e a estabilidade hemodinâmica do paciente definem a escolha terapêutica. Neste cenário, o implante de SRP mostra-se um tratamento eficaz para selar perfurações coronárias potencialmente graves e com sucesso superior a 90%.

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