INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) apresenta alta prevalência e ocorre a morte das células cardíacas devido à isquemia ocasionada por um trombo sobre uma placa aterosclerótica. Estima-se que ocorra por ano em cerca de 6 milhões de pessoas em todo o mundo e o resultado letal ocorre em mais de 25% dos casos.
METODOLOGIA: A pesquisa foi descritiva, de caráter retrospectivo e natureza quantitativa sobre IAM, através de informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A coleta de dados totalizou o número das internações, custos por valor total das internações e óbitos identificados pelo código I21 no sistema de Classificação Internacional de Doenças (CID) - 10.
RESULTADOS: A maior taxa de internação por IAM ocorreu em 2016 e a menor em 2008, com 107.616 (14,1%) e 62.223 (8,1%) internações, respectivamente. Foi verificada a maior taxa de mortalidade em 2016 com 94.148 (12,4%) óbitos e o menor número de mortes foi notificado em 2008 com 75.272 (9,9%) óbitos. O número de óbitos por IAM predominou nos homens com 445.619 (58,9%), enquanto nas mulheres foi de 310.612 (41,1%). O total de internações registradas teve o sexo masculino predominante, com 482.604, em relação ao sexo feminino com 278.165, correspondendo a 63,4% e 36,5%, respectivamente. A faixa etária com a maior taxa de óbitos foi nos pacientes dos 70 aos 79 anos de idade, com 190.188 casos (25,1%), enquanto que a maior taxa de internação foi dos 60 aos 69 anos de idade com 215.719 internações (26,5%). Os pacientes entre 1 a 3 anos de escolaridade tiveram a maior taxa de óbitos 189.268 (25%), seguido dos pacientes com 4 a 7 anos de escolaridade com 66.218 (19,5%). Os pacientes com mais de 12 anos de escolaridade tiveram o menor número de óbitos 35.569 (4,7%). Os custos por internações teve seu maior registro em 2015 com R$ 363.103.110,55 e o menor em 2008 com R$ 155.414.545,23.
CONCLUSÃO: O estudo apresentado evidencia que de 2008 a 2016 houve aumento progressivo no quantitativo de internações e óbitos por IAM no Brasil. Assim, o custo por valor total de internações foi crescente e tendo o seu ápice em 2015. Observou-se que nas populações com menor grau de escolaridade, o índice de mortalidade foi maior. Dessa forma, é imprescindível atuar em medidas de prevenção aos fatores de risco cardiovasculares, principalmente nas classes menos favorecidas com menor grau de informação.